[1ª Gala] Crítica X – Análise ao Factor X

Começamos hoje mais uma rubrica aqui no site Zapping. Samuel Rocha, Rafael Lopes e Hugo Bento irão dar a sua visão em relação ao talent-show da SIC.

Sem Título-2

SAMUEL ROCHA
E começaram as galas da grande aposta da SIC para esta rentrée. Já todos sabemos que o “Factor X” regressou cedo demais, mais a mais depois dos apenas razoáveis resultados da primeira edição. Desta feita, a estação prometia mais adereços, mais coreografias, mais componentes que elevassem as atuações dos concorrentes. Sim, houve-o, mas não na proporção desejada. Ainda assim, senti falta das explosivas atuações que podemos ver em versões estrangeiras do “Factor X”. OK, são realidades e orçamentos diferentes, mas ainda assim um palmo de imaginação serve para aprimorar muita coisa.
Já quem dirigiu a gala, João Manzarra e Cláudia Vieira, dirigiu-a mal. Até deixo o Manzarra de lado, porque o maior problema foi de facto a Cláudia, super sem jeito, como um robô a ler o teleponto. Descole-se do texto, Cláudia!
No que toca às vozes, a minha favorita é a Kika (Ana Paula Cardoso). A escolha da canção foi das melhores da gala. Os outros concorrentes safam-se, mas mesmo assim, a meu ver, não são excecionais. Veremos como será a evolução de cada um deles.
Das expulsões, só não gostei da Marta ter ido embora. Gostei bastante dela nas audições e penso que tinha potencial para muito mais, mas com “Roar” nem a Katy Perry consegue mostrar a sua própria voz. Escolha infeliz.
Num cômputo geral, foi uma gala com bastantes momentos mortos. Diminuir a duração poderia resultar para resolver o problema.

HUGO BENTO
O Factor X teve este domingo a sua primeira gala e só não digo que desiludiu porque as expectativas não eram muitas. O palco e o jogo de luzes continuam (porque já o eram) bons, mas os defeitos da 1ª edição permaneceram: instrumentais de fraca qualidade, som que podia estar melhor, falta de preenchimento de palco, realização aquém, bem como demasiado enche-chouriços e más escolhas de canções por parte dos mentores. No fundo continua a faltar o factor x, ou seja, o passar de um programa de karaoke para um espetáculo.
Quanto aos concorrentes, a verdade é que chegamos às galas e nota-se que eles não têm o carisma que tinham os da 1ª edição, independentemente de terem ou não mais talento. Nesta primeira gala destacaram-se pela negativa o João, as XTAG (exceptuando a rapper) e a Marta (de quem eu esperava muito). Pela positiva sobressaíram o Júnior, a Kika, os Babel, a Isabela e a Mimi.
Agora com menos concorrentes, espero que a produção se dedique um pouco mais a cada um. E que façam actuações de grupo, com o TOP12 e por aí em diante.

RAFAEL LOPES
Está de volta o Factor X na SIC! Aguardei com alguma expectativa este regresso, pois esperava que melhorassem bastante alguns aspectos que me desagradaram na edição passada. Resultado: continuo decepcionado.
A abertura é capaz de ter sido o melhor momento da gala, apesar de não ter o brilho e a emoção que tem a edição britânica, por exemplo. Apesar de tudo, foi bem conseguido.
Quanto à dupla de apresentadores, sou da opinião de que bastava o João Manzarra sozinho a conduzir o programa. A Cláudia Vieira, além de mal preparada, não acrescenta nada de útil ao mesmo. Creio que a dupla está ali presente apenas para encher chouriços, algo que não faz a mínima falta neste tipo de programas.
O júri está muito bem, melhor que no ano passado, agora com o quarto elemento, o Miguel. Contudo, acho que não se limitam apenas ao essencial e divagam bastante na apreciação das actuações, o que se pode tornar aborrecido para os espectadores.
Temos um bom leque de concorrentes este ano, e talvez este seja mesmo o aspecto mais positivo do programa, e ainda bem, já que é o mais importante. No entanto, este programa não se faz apenas de boas vozes e boas interpretações. Se as actuações continuam a ser pobres, despidas, sem brilho e acima de tudo, com uma realização terrível por parte da produção, creio que não temos noção de nem metade do potencial que os concorrentes têm. Uma actuação musical é feita de um todo: voz + presença + encenação. Não se pode descurar de nenhum dos aspectos, e no programa falta bastante a parte da encenação, que acaba por não nos prender a atenção, e fazer com que percamos o interesse. Um programa aborrecido jamais terá sucesso.
Não vou falar individualmente dos concorrentes nesta primeira semana porque me queria focar apenas nos aspectos técnicos do programa, no que resultou e no que falhou e sugerir algumas melhorias.
Acho que a equipa da produção deve inovar, pôr os olhos nos programas (X Factor) que se fazem lá fora, com palcos do mesmo tamanho, por vezes com os mesmos ou menos recursos, mas que mesmo assim não deixam fugir algo essencial, que é o espectáculo.

Aspectos positivos: Concorrentes, palco, júri
Aspectos a melhorar: Apresentação, realização, actuações

Para a semana voltamos. Vem participar no nosso fórum e podes discutir todos os tópicos deste talent-show da SIC.