Depois de “Perfeito Coração” e “Rosa Fogo”, Ana Nave volta à SIC com um papel dramático e que vai colocar em voga a crise e os problemas financeiros que muitos portugueses atravessam.
Isabel Lage é umas das gaspeadeiras da fábrica da Boheme. A mais antiga. Isabel teve uma adolescência bastante atribulada. Quando tinha 13 anos o seu pai abandonou-a a ela e à sua mãe para ir viver com outra, com quem teve outra filha, a Benedita Lage (Dânia Neto).
Deixou de estudar muito cedo e foi trabalhar para a fábrica de calçado, por intermédio da sua madrinha de Batismo, Dulce (Márcia Breia) – empregada dos Aragão.
Aos 16 anos engravidou do patrão, o Francisco Aragão, marido de Laura Teles de Aragão (Maria João Luís). Ficou aterrorizada: o Francisco, para além de patrão, era casado.
Não contou a ninguém, mas sabia que não podia ficar com o bebé. Escondeu a gravidez e, na altura do parto, pediu a ajuda da sua madrinha para levar o bebé para uma instituição, de forma a poder ser adotado.
O que a Isabel não sabe é que Dulce, depois de descobrir quem era o pai, não conseguiu manter o segredo e partilhou-o com Francisco. Este adotou a criança. Isabel nunca soube de nada disto.
Um dia descobrirá que o seu patrão é seu filho. É uma mulher com alguma amargura a pesar-lhe nos ombros mas apostada em seguir com a vida para a frente.
As circunstâncias dessa vida fizeram com que, atualmente partilhe a casa com a sua meia-irmã, com quem tem uma relação conflituosa e atribulada, em que ambas se suportam com dificuldade.