TVCine exibe maratona Sylvester Stallone

Sylvester Stallone
Sylvester Stallone vai estar numa maratona do Canal Hollywood

Sly, The Italian Stallion ou Binky são algumas das alcunhas atribuídas a Sylvester Stallone.

Responsável por três das mais rentáveis e coroadas de sucesso sagas da História do Cinema, “Rocky”, “Rambo” e “Os Mercenários”, o ator, realizador e argumentista é também ele um histórico de Hollywood.

Globo de Ouro, múltiplas nomeações aos Óscares e aos BAFTA, estrela no Passeio da Fama de Hollywood, distinções no National Film Registry, no Museu Smithsonian e no Museu de Arte de Filadélfia, garantia de box-office, Sylvester Stallone partilha recordes com figuras tão ilustres do Cinema como Charles Chaplin, Orson Welles, Bing Crosby, Peter O’Toole, Al Pacino, Paul Newman ou Cate Blanchett.

Motivos de sobra para que o TVCine 4, entre 20 e 22 de janeiro, esteja dedicado a Sylvester Stallone, uma das maiores estrelas da História do Cinema, com Maratona Sylvester Stallone.

Sylvester Stallone nasceu em Nova Iorque, filho de um imigrante italiano e de uma escendente de franceses e alemães. O parto teve algumas complicações e os médicos tiveram que utilizar fórceps.

O facto de terem sido indevidamente utilizados levaram ao corte de alguns nervos na cara do bebé e à paralisia de algumas partes da face. Nasceu assim o murmurar tão característico do futuro ator, realizador e argumentista.

Jackie Labofish Stallone e Frank Stallone tiveram algumas dúvidas em relação ao nome a dar ao bebé e inicialmente chamaram-no Binky, tipo específico de uma escova de cabelo (Frank era cabeleireiro de profissão). Os pais decidiram-se depois pelo bem mais másculo Sylvester, mas a alcunha ficou.

Sylvester Stallone cresceu no coração de Manhattan, no bairro de Hell’s Kitchen, frequentou a American College of Switzerland e entrou mais na Universidade de Miami, onde estudou Artes Dramáticas.

Mas o jovem aspirante a ator estava ansioso por começar a atuar e não chegou a terminar a licenciatura. Como tantos outros tentou, tentou e tentou até que o dinheiro acabou.

Stallone acabou por aceitar participar em “The Party at Kitty and Stud’s” (1970), um filme na fronteira da temática pornográfica, mas que lhe rendeu mais uma alcunha até hoje, The Italian Stallion, qualquer coisa como o garanhão italiano. Mas Sylvester Stallone queria ser levado a sério e demonstrar também que era mais que um ator.

Alegadamente inspirado pela história de Muhammad Ali-Chuck Wepner, um vulgar lutador de boxe de Cleveland a quem foi dada a oportunidade de uma vida de concorrer ao título de campeão, Stallone escreveu em poucos dias o argumento do que viria a ser “Rocky”.

Nascia a primeira das três sagas de sucesso com o toque de Midas de Sylvester Stallone. “Rocky” (1976), de John G. Avildsen, foi nomeado a dez Óscares (ganhou Melhor Filme, batendo “Taxi Driver”, de Martin Scorsese, Melhor Realizador e Melhor Montagem), duas das nomeações para Stallone, Melhor Ator e Melhor Argumento Original, o que tornou Sylvester apenas o terceiro homem na história a acumular estas duas categorias pelo mesmo filme, a par dos lendários Charles Chaplin e Orson Welles.

Sly, mais uma alcunha do popular ator, tem voltado ao longo dos anos à saga “Rocky”, um megassucesso comercial, que em 2016, com “Creed: O Legado de Rocky”, de Ryan Coogler, lhe trouxe finalmente o Globo de Ouro e mais uma nomeação aos Óscares (mais um recorde, o de ter sido nomeado pelo mesmo papel em filmes diferentes, juntamente com estrelas de renome como Bing Crosby, Peter O’Toole, Al Pacino, Paul Newman ou Cate Blanchett).

“Rocky” (com os seus, para já, sete filmes) faz oficialmente parte da História dos Estados Unidos, integrado no National Film Registry, no Museu Smithsonian (Museu Nacional de História Americana, em Washington, D.C.) e no Museu de Arte de Filadélfia, onde foram filmadas algumas cenas do filme.

As sequências de Rocky foram gravadas nas escadas monumentais de entrada, que agora são conhecidas como Degraus de Rocky, onde está também instalada uma estátua de Sylvester Stallone. Graças a Rocky, Sly faz parte do International Boxing Hall of Fame.

Mas Stallone é também responsável por mais duas sagas de sucesso da História do Cinema. John Rambo nasceu em 1982 com “A Fúria do Herói”, Ted Kotcheff.

O filme foi polémico, já que lidava com ainda muito recente Guerra do Vietname, com um ponto de vista pouco abonatório para os Estados Unidos (que tinham perdido o conflito).

Os responsáveis pelo novo herói, “Rambo”, não se deixaram abater pelas críticas e, apoiados em mais um megassucesso comercial de Sly, lançaram em 1985 “Rambo II – A Vingança do Herói”, a que o público novamente aderiu em massa. Viriam a ser feitos ainda mais dois filmes da saga John Rambo.

Por fim, Sylvester Stallone criou em 2010 “Os Mercenários”, uma saga carregada de ação, luta e muita virilidade, que conta para já com três filmes. Sly realizou o primeiro e escreveu e protagonizou, enquanto o líder Barney Ross, os três capítulos da saga. “Os Mercenários” provaram ser mais um megassucesso comercial.

Apesar de associarmos sempre Sylvester Stallone a interpretações muito másculas, carregadas de ação, pontapés e murros, o ator, realizador e argumentista tem participado em comédias, dramas e até em filmes de animação, emprestando a voz a Weaver, a musculada formiga de “Formiga Z” (1998), de Eric Darnell e Tim Johnson.

Motivos não faltam para homenagear Sly e a sua longa carreira, coroada de sucesso. Entre 20 e 22 de janeiro, no TVCine 4, não pode mesmo perder esta Maratona Sylvester Stallone, uma das maiores estrelas da História do Cinema, com as lendárias sagas “Rocky” e “Rambo”, mas também “Homem Demolidor” (1993), de Marco Brambilla, “O Especialista” (1994), de Luis Llosa, ou “Assassinos” (1995), de Richard Donner.