Conheça as personagens de “Prisioneira” [com fotos]

Vítor Loureiro (Diogo Infante)

O seu pai viera da Beira Interior para trabalhar numa fábrica e ainda plantava couves galegas no quintal da casita de subúrbio. Vítor tinha ambições de grandeza, mas a dependência das drogas, a falta de cabeça para estudar e de vontade para trabalhar, fizeram-no enveredar pela delinquência.

O jeito especial para arrombamentos valeu-lhe a alcunha de “Fechaduras”. Casou com Lídia (que já ia grávida, apesar de também ser dependente de drogas) e tiveram duas filhas: Teresa e Glória.

Durante algum tempo, conseguiram levar o casamento para a frente sem abandonar as respetivas dependências, mas depois veio a primeira detenção de Vítor e a seguir outra e mais outra…

Lídia decidiu mudar de vida e, apesar de continuar apaixonada pelo marido, saiu de casa, levando Teresa mas sendo obrigada a deixar Glória com o pai.

A separação pouco alterou na vida de Vítor que continuou a viver acima das possibilidades, a endividar-se, a praticar crimes para pagar o que devia, a ser apanhado para sair pouco depois da prisão e voltar tudo ao mesmo.

Seis anos atrás, e apertado com mais uma dívida que não podia pagar, vendeu a filha a um homem árabe, por uma noite. No dia seguinte, tanto Glória como o árabe tinham desaparecido.

Vítor não voltou a ver Glória e, pouco depois, voltou a ser preso. Sai agora da cadeia, primeiro aproveita o acolhimento que Teresa lhe dá mas, quando se vê de novo sozinho, procura Glória com provas de que esta assassinou o árabe. Chantageia-a para que esta lhe vá entregando dinheiro para viver.

Entretanto, reencontra a ex-mulher que voltou a casar. Lídia continua apaixonada por ele, mas não quer perder o estatuto que, entretanto, conquistou.

Vítor é pouco culto, mas ladino e expedito. Bem parecido e, à sua maneira, bem falante. Tem uma lata assinalável, completa ausência de escrúpulos e faz qualquer tipo de trabalho desde que lhe paguem. Nem sequer pensa nisso.

No fundo, sente-se no direito de ir buscar aquilo que a vida madrasta lhe negou. Porque a culpa, claro, nunca é dele.

Tem uma única grande paixão: a mulher. Nunca se conformou com o abandono. E o facto de Lídia estar agora bem na vida também dá jeito.

Lídia Cunha (Joana Seixas)

Família de classe média lisboeta. Era filha única e os pais tinham grandes planos para ela mas, com apenas 17 anos, conheceu Vítor Loureiro, apaixonou-se perdidamente por ele e engravidou. Seguiu-se o casamento apressado e os sonhos paternos destruídos.

Vítor não mostrava nenhuma inclinação para trabalhar e recusou sucessivamente os empregos arranjados por cunhas familiares. Nem o nascimento da primeira filha (Teresa) o fez mudar e as dívidas acumulavam-se, sem que isso o preocupasse.

Lídia continuava apaixonada pelo marido mas quando este começou a envolver-se com delinquentes, a traficar droga e acabou preso, a paixão arrefeceu.

Entretanto nasceu Glória, a segunda filha e os problemas financeiros agravaram-se ainda mais. A família de Lídia, como forma de a pressionar a deixar o marido, acabou por lhe recusar ajuda e ela começou a pensar que a única maneira de retomar o controlo sobre si mesma era fazendo uma cura de desintoxicação e fugir com as filhas para o mais longe possível de Vítor.

No dia em que ia sair de casa com as duas crianças, Vítor apanhou-a de surpresa e, convencido de que isso seria suficiente para a impedir de ir embora, agarrou-se a Glória não a deixando ir com a mãe e a irmã. Ainda assim saiu de casa com Teresa e voltou para casa dos pais.

Algum tempo depois, Lídia conheceu Júlio Cunha, um empresário que tinha negócios no Norte de África, em Al Aradhi, onde fez fortuna. Lídia nunca esteve apaixonada por ele, mas conseguiu um convívio agradável e pacífico que a conforta.

Aproveitando o boom imobiliário em Lisboa, o casal investiu em alojamento local e hostels que Lídia gere com mão de ferro. A adolescente apaixonada e inconsciente deu lugar a uma mulher forte e pragmática que aprendeu a não olhar para trás.

Ela apregoa ter a vida que sempre sonhou, mas na verdade tem a que foi possível. Não tenciona cair duas vezes na esparrela do amor mas, quando Vítor sai da cadeia, tudo pode mudar.

Até porque o atual marido, que ela julgava ser um mar de qualidades, afinal pode esconder um segredo.

Júlio Cunha (José Wallenstein)

Oriundo de uma cidade de província. Era o miúdo gordo e caixa de óculos da escola, desengraçado e impopular e sempre teve um plano: emagrecer e enriquecer para comprar a admiração dos outros.

Com olho para o negócio, ganhou muito dinheiro a vender pedra mármore para construções no Norte de África. Já era rico quando conheceu Lídia, uma mulher divorciada que vivia com a filha mais velha.

Casaram e ele mimou Teresa como se ela fosse sua filha O êxito nos negócios transformou-o num homem cheio de bonomia e nada faria pensar que pudesse ter uma vida dupla. A fachada que construiu ao longo dos anos é, de facto, a ideal e será muito difícil desmascará-lo.

Sílvio Cruz (Vítor d’Andrade)

Meio-irmão de Fredy. Sílvio era pouco esperto. Completou o nono ano e começou logo a trabalhar. Saiu de casa. Começou por partilhar quarto com amigos até que arranjou um pequeno apartamento para si.

É poupadinho e precisa de pouco. Tímido e introvertido, tem poucos amigos. Desde que teve um desgosto de amor, há uns anos, não voltou a sair com raparigas.

Pages: 1 2 3 4 5 6 7 8