Conheça as personagens de “Prisioneira” [com fotos]

Monique Matias (Benedita Pereira)

Monique é filha de um diplomata português e de mãe francesa de ascendência judia. Monique fez o liceu em Paris e, quando o pai entendeu que estava na altura de se reformar e de se retirar para uma belíssima quinta de família que tinha em Trás-os-Montes, Monique aceitou vir para Portugal na condição de arranjar uma profissão que não a obrigasse a ficar a viver fora de uma grande cidade perdendo a vida cosmopolita a que estava habituada.

A beleza ajudou. Foi uma das primeiras classificadas no recrutamento de hospedeiras para a Luso Wings. Monique é afável, bem-humorada e empática, mas nunca fala muito sobre si.

Ao invés, tem a capacidade de estimular confidências. É colega e amiga de Teresa, na Luso Wings. O seu caráter reservado é atribuído a condicionamentos de educação, mas pode ter outras origens.

Por vezes (raras) surge uma outra versão da mesma pessoa deixando a dúvida e qual será a verdadeira.

Helena Lopes (Lia Gama)

Perto do hostel de Júlio e Lídia, vive Helena, que é viúva e perdeu o único filho, Joel, quando ele se radicalizou e partiu para o Médio Oriente, para combater pelo Estado Islâmico.

Ela nunca mais ouviu falar do rapaz, até há poucos meses, quando chegou a notícia da sua morte. Eis quando recebe os pertences do filho.

No fundo da caixa poeirenta, está a fotografia de um menino, ao lado do pai. O seu neto! Aquela criança torna-se na sua razão de viver. O menino tem 14 anos e chamase Sahid.

A realidade que conhece é a dos campos de combatentes do Califado. Perdeu os pais durante um bombardeamento e foi entregue a uma organização humanitária.

Os países ocidentais impõem entraves ao regresso destas crianças, com receio da radicalização a que foram sujeitas e Helena envolve-se numa batalha pelo neto não hesitando em pedir ajuda a Diogo, em casa de quem trabalha como mulher a dias.

Para isso, terá de ultrapassar um inferno burocrático e provar que tem condições para receber uma criança de risco.

Sahid Lopes (Lucas Dutra)

Educado no Califado, Sahid estudou árabe e os princípios do Islão numa madrassa. Mas, sempre que estava em casa, o pai, Joel, ensinava-lhe português: a única herança que lhe deixou ao morrer.

Os anos passados nos campos de combate e, depois, em campos de refugiados, deixaram-lhe profundas marcas que dificilmente poderão sarar. Sahid não se sente pertencer a ninguém ou a sítio algum.

Tudo o que conhecia desde criança desapareceu e, apesar de ser reconfortante que alguém aparecesse à sua procura, a verdade é que nada o ligava aquela mulher, a sua avó, nem ao país para onde ela conseguiu trazê-lo.

A dúvida é se Sahid conseguirá, de facto, integrar-se num mundo tão distante do seu e que, inevitavelmente, o olhará sempre com desconfiança.

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