Contas da RTP de 2014 arrasadas

Contas da RTP de 2014 arrasadas

O parecer do Conselho de Opinião (CO) da RTP relativo às contas de 2014 da empresa é arrasador. O organismo, presidido por Manuel Coelho da Silva, diz mesmo que vai «solicitar à Inspeção-Geral de Finanças e ao Tribunal de Contas a verificação do fundamento e legitimidade (…) da ‘requalificação de pessoal’ e aquisição de conteúdos plurianuais de significativos custos», o que configura um «possível condicionamento futuro da estratégia de programação da empresa».

O CO frisa que 2014 foi «particularmente negativo» para a RTP, considerando que «protelou-se a organização da empresa, denegriu-se a sua imagem pública e hipotecou-se, por ventura, o seu futuro». São ainda apontados aspetos negativos, como a «persistência de desequilíbrio na diversidade da programação» da RTP 1. Sobre a Televisão Digital Terrestre, a critica é clara: «A ausência de estratégia foi gritante e preocupante.»

A análise às contas também é negativa: Os custos de grelha subiram 15,6 milhões (para 84,1 milhões), «sem que se tenham sentido melhorias muito significativas na qualidade do serviço público prestado, numa estratégia tipicamente comercial e de concorrência». Apesar disso, os gastos de grelha aumentaram quase o dobro das receitas comerciais (mais 8,2 milhões).