Diretor de programas da TVI fala sobre “Casa dos Segredos 5”

Bruno Santos

Pelo quinto ano consecutivo, a TVI apostou numa nova edição da “Casa dos Segredos”, com apresentação de Teresa Guilherme, onde reúne 21 anónimos numa casa vigiada durante três meses.

Em entrevista à revista TV Guia, Bruno Santos, diretor de programas da TVI, assume que gosta de ver o reality show: «Não tenho o mínimo preconceito em assumi-lo».

Apesar de ser líder incontestável aos domingos, o formato da Endemol não consegue impôr-se frente a “Mar Salgado”, da SIC. O responsável considera que a diferença entre os dois programas não é muito grande, uma vez que «a Casa dos Segredos é um clic. A qualquer momento aquilo muda. Não é como uma novela, onde o caminho é mais lento» e ainda espera por esse clic: «eu gostaria de sim. Atenção: quando falo em clic, não estou a dizer que quero que alguém dê uma cabeçada lá dentro».

A violência verbal e psicológica faz parte do dia-a-dia da Casa, contudo, a TVI não pretende «passar uma imagem de violência e de agressão permanente na Casa». Ciente da imagem negativa que a TVI passa aos portugueses com o reality show, Bruno Santos diz que isso «tem que ver com o preconceito das pessoas. É claro que os concorrentes dizem palavrões e coisas desagradáveis uns aos outros, no TVI Direct [canal por cabo, 24 horas/dia], e isso depois dá azo à opinião daqueles que escrevem, a algum espectador mais sensível para fazer uma queixa. Mas, nos diários, na TVI, fazemos questão de controlar tudo com o tal pi. E sempre que alguém tem um comportamento menos sociável, tratamos de puni-lo. Isso tem sido notório», diz.

Pai de dois filhos, com 10 e 11 anos de idade, o responsável deixa os filhos ver o reality show, apenas ao sábado: «Vêem ao sábado, por causa do horário, não pelo conteúdo. Não têm escola e podem deitar-se mais tarde», conta à TV Guia.