José Sócrates e Morais Sarmento já têm data de estreia na RTP

Os programas de comentário político de Nuno Morais Sarmento e José Sócrates já têm data para estrear. Os dois ex-políticos chegam à RTP1, respectivamente, na próxima sexta-feira, dia 5 e no domingo, dia 7. Ambos terão espaços a seguir ao “Telejornal”, escreve o jornal Público.

O antigo ministro de Durão Barroso vai ter como interlocutor o jornalista João Adelino Faria. O espaço ganha o nome de “A Semana de Nuno Morais Sarmento”.

Quanto a José Sócrates, o espaço vai concorrer diretamente com Marcelo Rebelo de Sousa, que comenta a actualidade ao domingo à noite na TVI, com Judite de Sousa. O programa protagonizado pelo ex-primeiro-ministro chama-se “A Opinião de José Sócrates”. O ex-líder socialista terá como interlocutora a jornalista Cristina Esteves.

Tanto Nuno Morais Sarmento como José Sócrates estão desde terça-feira a protagonizar o clip de promoção do programa, onde ambos são vistos a dizer «Esta é a minha opinião».

Se a ida de Nuno Morais Sarmento para comentador da RTP, anunciada na mesma altura que a de José Sócrates não provocou quaisquer reacções, já a do antigo primeiro-ministro provocou numerosos protestos e até várias petições na internet a favor e contra essa contratação.

A petição “Recusamos a presença de José Sócrates como comentador da RTP” defende que o ex-líder socialista não deve ter presença «em qualquer programa» da televisão pública, «que é paga com dinheiros públicos dos contribuintes que sofrem do resultado da má gestão deste senhor».

Como resposta, surgiu poucas horas depois uma outra petição “a favor da presença de José Sócrates na RTP”, que conta com 7545 assinaturas. «O balanço da sua governação, positivo ou negativo, depende da avaliação de cada um e do que valoriza em cada prato da balança, houve atitude, obra feita, houve erros mas também muitos benefícios. Mas acima de tudo vivendo nós num estado democrático e de direito há um princípio fundamental basilar desse mesmo Estado: o princípio do contraditório, o princípio da defesa quer do bom nome quer das opções tomadas», lê-se no texto, citado pelo público.