Ministro Poiares Maduro defende maior oferta de canais na TDT

O ministro Adjunto e do Desenvolvimento Regional voltou a defender, em Coimbra, uma maior oferta de canais na TDT, de forma a criar uma «maior concorrência» com os operadores da televisão por cabo.

«A oferta de canais de sinal aberto é insustentável e não é aceitável», criticou Poiares Maduro, afirmando que haverá uma «discussão pública» para breve sobre o futuro da televisão digital terrestre (TDT), que vai envolver a Entidade Reguladora para a Comunicação Social (ERC) e a Autoridade Nacional de Comunicações (ANACOM).

O ministro, que falava na sessão de encerramento do congresso ‘Os desafios dos media de serviço público’, no Auditório da Reitoria da Universidade de Coimbra, voltou a referir a importância da RTP para «apoiar a produção audiovisual independente», considerando que essa externalização de serviços pode ser «o valor acrescentado do serviço público» de televisão e de rádio. Portugal tem «um mercado em que os operadores privados estimulam muito pouco o mercado independente», sendo a função do operador público apoiar «mais criadores e produtores independentes», ao mesmo tempo que tem de garantir «capacidade interna para não estar dependente» desses mesmos produtores. Poiares Maduro referiu também que a RTP vai participar num «programa de jovens criadores, onde haverá crowdfunding [financiamento colaborativo]» e que será «parcialmente apoiado pelos operadores de televisão».

O ministro frisou, durante a sessão de encerramento do congresso, que decorreu entre terça e quarta-feira, que também será apresentado um novo modelo governativo em que se prevê existir um conselho geral com o poder de nomear o conselho de administração da RTP. «Vai ser um conselho geral verdadeiramente independente, com pessoas com credibilidade», de forma a «reduzir o risco da percepção de governamentalização» da RTP, defendeu Poiares Maduro à comunicação social, não adiantando de que forma esse mesmo conselho geral será constituído e nomeado. O ministro revelou também que «a reforma profunda da RTP» estará concluída «em poucos meses».

(Com Lusa)