O ator, dramaturgo e argumentista Francisco Nicholson morreu esta terça-feira, aos 77 anos, em casa, disse à agência Lusa fonte da família.
Estudou em Paris, frequentando a Academia Charles Dullin, do Théatre Nacional Populaire, privando com grandes nomes do teatro francês, como Jean Vilar, Georges Wilson, Gerard Philipe.
Desde a adolescência que abraçou a representação, primeiro no teatro, que foi sua casa durante muitos anos. Mais tarde, na televisão, torna-se rosto conhecido em séries e telenovelas. Foi Nicholson, com Thilo Krassman, Nuno Teixeira e Nicolau Breyner que criou “Vila Faia”, a primeira novela portuguesa.
Fica para a história como um dos impulsionadores da companhia de teatro ‘Ad-Hoc’ que no pós-25 de Abril acolheu muitos atores aspirantes, hoje caras conhecidas da representação.
Escreveu músicas que acabariam cantadas por António Calvário, Madalena Iglesias e Tony de Matos, e também marchas populares para bairros de Lisboa.
A última aparição em ficção aconteceu em “Bem-vindos a Beirais” (RTP), numa participação especial. “Fascínios” (TVI) foi a sua última novela como ator.
Multifacetado, Francisco Nicholson escreveu várias telenovelas e comédias teatrais. “Ganância” (SIC), “O Olhar da Serpente” (SIC) ou “Cinzas” (RTP) nasceram da sua imaginação.
Também a comédia televisiva fez parte da sua longa carreira. “EuShowNico”, “Canto Alegre” ou “Ora Bolas Marina” ficarão para a história da televisão portuguesa.
Há vários anos que sofria de problemas hepáticos tendo mesmo sido transplantado duas vezes.
Com Lusa.