«Nunca traí a TVI», Dalila Carmo

Dalila Carmo fala da suasdaída da TVI, há um ano

Dalila Carmo é uma das protagonistas da novela/série da RTP1, “Sinais de Vida”. A atriz estreou-se na estação pública com “Diário de Maria”, mas a carreira foi feita quase toda na TVI, de onde saiu no fim do contrato há cerca de um ano.

Desde que se desvinculou da TVI, Dalila gravou em tempo recorde a ficção da RTP1 e ainda protagonizou “Florbela”, o filme que retrata a vida da poetisa Florbela Espanca. Apesar de afastada do formato novela puro e duro, a atriz não se diz farta deste tipo de produção. «Fiz durante muitos anos e passei de umas para as outras. Não se trata de cansaço, mas precisava de evoluir», refere à TV Guia e garante que isto «Não quer dizer que não volte a fazer uma ou outra, mas com intervalos grandes».

Para a atriz o género novela em Portugal ainda tem muita evolução pela frente e a duração das tramas é um dos maiores problemas. «Temos que investir mais ao nível dos conteúdos. Por mais que eu goste de novelas há coisas que não resultam. É impossível a um autor esticar por 180 episódios um personagem se as situações se repetirem…».

Apesar de apontar algumas falhas ao género de ficção, bastante comum na televisão nacional, Dalila Carmo não esquece alguns trabalhos, como por exemplo as novelas de Rui Vilhena que, curiosamente a TVI está a repor no horário da hora de almoço. «Já me senti muito realizada como aconteceu com o “Ninguém Como Tu” e “Tempo de Viver”. O Rui Vilhena escreve personagens com complexidade que me davam gozo, pessoas que me davam luta», descreveu.

Na TVI o último projeto teve também a mão de Rui Vilhena. A atriz deu vida a Sofia Almeida em “Sedução”. Depois disso houve uma desvinculação entre Dalila Carmo e a TVI, situação que acabou por ser positiva. «Foi um alívio para toda a gente (risos). Se a TVI apostar noutros formatos… mas como atriz precisava de espaço para me expandir».

A relação que mantém com a estação de Queluz foi sempre de total honestidade, segundo as palavras da profissional. «Eu fui sempre tão sincera. Nunca os traí, nunca os enganei e sempre lhes disse todos os meus planos de vida. Nunca saí de projetos a meio, como outras pessoas fizeram. Eu sempre abri o jogo. Fui transparente. E depois, era inevitável…», termina, à TV Guia.