Pelo terceiro ano, o Canal História recria “A Última Ceia” com ‘chefs’ portugueses

O canal História estreia, em exclusivo, no dia 27 de março, às 21h55, o programa de produção própria “A Última Ceia”.

Pelo terceiro ano consecutivo, o canal lança um desafio único e exclusivo a três dos chefs mais inovadores do nosso país, para a recriação da ementa da “Última Ceia”, de acordo com o seu estilo e visão pessoal.

Os chefs Kiko Martins, Miguel de Castro e Silva e Pedro Almeida são os protagonistas desta edição e da recriação da ceia mais famosa da História, juntamente com a colaboração do gastrónomo Duarte Calvão, que, pela primeira vez, terá oportunidade de provar e comentar cada ementa em direto, juntamente com o seu criador.

«A Semana Santa está próxima, e, à semelhança do que aconteceu em anos anteriores, queremos alimentar a filosofia de que a história faz-se cada dia, por isso, e de forma a mostrar que a história está viva, decidimos apostar novamente no lançamento do desafio gastronómico mais inovador de sempre: recriar a ementa da Última Ceia de Jesus Cristo com os apóstolos, adaptada a um estilo contemporâneo, vanguardista e inovador pelas mãos de três chefes portugueses», refere Carolina Godayol, diretora geral do The History Channel Iberia.

 O Chef Kiko Martins (do restaurante O Talho) optou por usar os mesmos ingredientes que foram utilizados na última ceia de Jesus Cristo (pão, ervas amargas, frutos secos…), introduzindo as batatas como forma de representar Portugal, uma vez que estas são muito utilizadas na maioria dos pratos típicos do país.

«A refeição foi criada de forma a ser possível comer-se com as mãos. Era importante que a refeição fosse comida sempre sentada e fosse colocada toda de uma só vez sobre a mesa, sem haver a necessidade de as pessoas se levantarem para irem buscar o segundo prato ou repetirem. É importante poder desfrutar da companhia e conviver, pois a comida partilhada sabe melhor, o sabor altera-se com o sentimento/energia que rodeia o momento da refeição», afirma o Chef Kiko Martins.

Por seu lado, o Chef Miguel de Castro e Silva (do restaurante De Castro) apresentou quatro pratos onde estão igualmente presentes, na sua maioria, alguns dos ingredientes utilizados na última ceia de Jesus Cristo. O primeiro prato é composto por uma patanisca de nada com enguia fumada, alfaces, molho de mostarda e mel. O segundo é formado por truta com laranja e funcho. Foi também apresentado um prato de codorniz recheada com passas e pinhão, e por último, uma sericaia com chutney de figo, passas, gengibre e sorvete de uva.

A patanisca de nada simboliza o pão da última ceia, e é também uma forma representativa de Portugal (que alude às tradicionais pataniscas de bacalhau, mas sem bacalhau). A enguia e a laranja são ingredientes que aparecem no quadro de Da Vinci, daí a sua escolha. Cada prato tem um vinho para acompanhar a refeição, uma vez que este é bastante importante na última ceia. A sericaia é cozinhada dentro de um prato de barro e utilizada bastante canela uma vez ser uma das especiarias da época.

«A refeição foi criada de forma a ser saboreada sem pressas, doses pequenas e cuidadosamente elaboradas e com ingredientes económicos», comenta o Chef Miguel de Castro e Silva

O Chef Pedro Almeida (do restaurante Midori, no Hotel Penha Longa) apresentou três pratos, tendo por base os ingredientes utilizados na última ceia de Jesus Cristo – pão, ervas amargas – mas adicionando alguns muito utilizados na cultura Japonesa. O primeiro prato é composto por Chawamuchi com unagi, crocante de cevada e ervas amargas acompanhado por um pudim cremoso de ovo fumado com enguia grelhada com teriyaki e crocante de aveia e ervas amargas. O segundo prato é constituído por Yakimono de pombo e miso, com grão de bico e yuzu guarnecido com peito de pombo no teppan com miso e kinuta de raiz de lotus e puré de grão com yuzu. Por último, e para sobremesa, apresentou umeboshi, maçã e sorbet de sake e uva acompanhado por bolo de umeboshi e alperce, com puré de maçã e sorbet de sake e uva.

«Recriei esta refeição imaginando que Jesus Cristo fosse Japonês. Foi criada para ser servida de um modo requintado e elegante, utilizando algumas flores e raízes de forma a dar cor e graciosidade ao prato. Foi também utilizado um copo para servir o pudim de ovo fumado com enguia, de forma a ser alusivo ao cálice utilizado na última ceia, e o chawamuhi com unagi, crocante de cevada e ervas amargas simbolizam o pão, também servido na última ceia de Jesus Cristo», afirma o Chef Pedro Almeida.

«Foi com enorme agrado e honra que recebi o convite do Canal História para fazer parte deste projeto. Para mim, o mais interessante foi ver o entusiasmo com que os chefs responderam a este desafio», descreve o gastrónomo Duarte Calvão.

Esta viagem criativa e inspiradora de sabores foi gravada nos restaurantes de cada chef e vai ser exibida em exclusivo no Canal História, no dia 27 de março, às 21h55.