Prisão de Sócrates: Sem ‘papas na língua’, Manuela Moura Guedes acha que foi feita justiça

RTP

Manuela Moura Guedes teve, durante vários anos, uma guerra mais ou menos aberta com José Sócrates.

O antigo primeiro-ministro terá conseguido, alegadamente, cancelar o seu telejornal (“Jornal Nacional de Sexta-feira”) que chamou, numa entrevista à RTP de «telejornal travestido».

Manuela Moura Guedes acabou por sair da TVI por motivos nunca esclarecidos de forma clara e a guerra continuou, depois, nos jornais.

José Sócrates sempre disse que não era responsável pelo fim do “Jornal Nacional de Sexta-feira”, mas acusou o informativo, coordenado por Manuela Moura Guedes, de ser um «telejornal feito de ódio e perseguição pessoal».

Volvidos estes anos, a ex-jornalista regressou à televisão. Apresenta o “Quem Quer Ser Milionário” na RTP1 e é comentadora no “Boca do Inferno” da RTP Informação.

Nos especiais que foram feitos acerca da prisão de José Sócrates, Manuela Moura Guedes chegou a comentar o facto, mas preferiu não se alongar.

Entretanto, no Facebook, decidiu publicar o seguinte comentário:

Estou mesmo muito sensibilizada com as centenas de mensagens que tenho recebido nos últimos dias. Tanta e tanta gente que percebeu que não tem sido fácil viver com um sentimento de injustiça que jamais ultrapassarei mas que está um pouco mais pacificado pelas palavras de compreensão , de ajuda e de incentivo que me mandam.São tantas que não consigo responder a cada uma individualmente, como gostaria . Ainda tentei…

É por isso que aqui estou a agradecer não se terem esquecido de um trabalho sério que unicamente teve como objectivo informar os portugueses da Verdade . Um trabalho feito por uma equipa de jornalistas de quem tenho muitas saudades de trabalhar e que foram fundamentais ,a Ana Leal, o Carlos Enes, o Filipe Mendonça, o Nuno Ramos de Almeida, a Alexandra Borges, o Pedro Rosmaninho, o Pedro Veiga, o Rui Araújo…
Fizemos o nosso trabalho como nos competia , nada mais . E isso pertence a um Passado que não quero reviver nem discutir mais porque me faz mal.

O Presente , felizmente , encarrega-se de dar curso às histórias.
Muito obrigada!