Produções Fictícias vão ‘desaparecer’ da RTP. Decisão tem efeito imediato

Nuno-Artur-Silva

A nomeação de Nuno Artur Silva diretor de conteúdos da RTP levantou algumas questões de nível ético devido à sua ligação com a produtora Produções Fictícias (PF).

O futuro administrador da RTP viu levantadas algumas teorias na comunicação social, mas resposta já chegou, pela boca do Conselho Geral Independente (CGI). A relação entre as PF e a RTP vai simplesmente deixar de existir.

O CGI deixa bem claro, por escrito, para evitar quaisquer suspeitas ou especulações, que vai haver uma total desvinculação dos cargos e quotas que Nuno Artur Silva tem nas PF e que a RTP vai deixar de poder contratualizar programas ou serviços da produtora.

Recorde-se que desde 2008 as Produções Fictícias receberam perto de 12 milhões de euros da RTP pela produção de 30 formatos, entre os quais “Contemporâneos”, “Estado de Graça” ou os talk shows de Herman José.

A RTP chegou a representar perto de 70% do volume de negócios das PF, embora nos últimos anos a dependência diminuiu.

Para além de deixar a produtora da qual é ainda dono, Nuno Artur Silva está ainda de saída do programa “Eixo do Mal”, emitido pela SIC Notícias.