Quem é quem? Algumas personagens de “Na Corda Bamba”, a novela da TVI

Gabriel Lobo Trindade (Rodrigo Trindade) 

Os meus pais sempre fizeram tudo por mim. Apesar de não nadarmos em dinheiro, eles sempre priorizaram a minha educação e a das minhas irmãs. Tudo bem que a minha mãe é super exigente connosco… segundas e quintas aulas de inglês, quartas natação, explicações às sextas, terças… bom, já deu para perceber que tempo livre é um conceito que a dona Lúcia desconhece. Eu percebo perfeitamente que é para o meu bem, mas aquilo que ela quer para mim não é o mesmo que eu quero. E nem adianta entregar o livro de reclamações ao meu pai. Fazer o quê? A minha mãe educou-me para ser um príncipe, ele, um guerreiro… alguma coisa havia de correr mal. O drama começa quando eu regresso de Genebra. Os meus pais fizeram um grande sacrifício para que eu fosse para lá estudar Gestão Hoteleira. Não me perguntes se fui eu que quis. A resposta parece-me óbvia. Quando eu volto decidido a contar o que se passou durante esses dois anos em que supostamente estava na Suíça, deparo-me com uma festa de boas vindas e um buffet de expectativas para o meu futuro. Adeus coragem! A verdade dos factos? Eu até podia contar, mas não curto spoilers. Qual é a piada de ver um filme e já saber quem é o assassino? E por falar em crime… Será uma questão de tempo até eu descobrir que não sei tudo sobre o meu passado. Pior, acho que os meus pais têm alguma coisa a ver com isso. Chegou a minha vez de cobrar. Eu não vou descansar enquanto não tirar isso a limpo. O desfecho será surpreendente… até para mim.

Alice Lobo Trindade (Julia Palha) 

Imagina que um dia descobres que viveste uma vida que não era suposto ser a tua. Foi isso que aconteceu comigo. Mas vamos por partes. Como o meu irmão já explicou, os nossos pais apoderaram-se de definir tudo o que tem a ver com o nosso futuro. Como se não bastasse a confusão que o Gabriel arranjou a fazer de conta que estava a estudar na Suíça, eu ainda vou aumentar o volume desta ópera familiar. Como? Estou no último ano de Direito. Aguentei até aqui para não criar conflitos com os meus pais, mas… chega! Todo esse esforço é inútil. Acho ridículo estudar uma coisa que eu detesto para depois ter uma vida infeliz. Na melhor das hipóteses, seria uma advogada medíocre. Será que os meus pais não percebem que o sonho que eles têm para nós é deles, não nosso? E o pior é que continuam esse ciclo vicioso com a minha irmã Rita. Eu não vou permitir que eles cometam esse erro três vezes. A coragem para enfrentar os meus pais, desistir de Direito e mudar de curso só será possível quando eu conhecer o Edu na universidade. Ele está no último ano de Design de Equipamento. O apoio dele vai ser essencial, mas não é só isso. Ele é giro, carinhoso, criativo, e ainda vem com um extra: é um gato. Sim, nós vamos envolver-nos. Às vezes tenho a sensação que não nos conhecemos por acaso… Quando eu descobrir que o pai dele está desaparecido não porque fugiu com uma mulher, mas por uma razão muito mais sinistra, a minha vida vai dar uma volta de 180º. Chegou a minha vez de ser eu a apoiar o Edu e desvendar o que realmente aconteceu. A investigação não vai ser fácil. Vocês nem imaginam quem é o pai dele.

Rita Lobo Trindade (Margarida Serrano)

Vida de criança não é fácil. E nem vale a pena reclamar, é melhor obedecer para não sofrer ainda mais. Eu tenho um défice de atenção. Deve ser porque a minha mãe era viciada em drogas, mas eu só vou saber isso mais tarde. Por enquanto, no que eu acredito é que os meus pais se chamam Lúcia e Pipo. A minha mãe não tem paciência nenhuma para as minhas dificuldades na escola. Ela é a rainha dos sermões e, ainda por cima, obriga-me a fazer montes de coisas que eu não gosto. Já o meu pai diz que eu sou a princesinha dele, mas uma princesa que tem de estudar, ir às explicações, fazer os trabalhos… Nos filmes as princesas não são nada assim. Eu encontrei uma solução para me livrar dos ralhetes lá em casa: o meu primo Tiago, que é um geniozinho, faz todos os meus TPC’s. É claro que o espertinho não me ajuda de graça, eu tenho de lhe pagar. Às vezes, para arranjar esse dinheiro, sou obrigada a fazer coisas muito feias. Já está com pena de mim? Então prepare-se… Esta não é a parte pior da minha vida.

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