[Raio Z] Entrevista a Carlos Costa: “Tenho perfeita noção que jamais irei vencer o The Voice Portugal.”

Carlos Costa é madeirense e um dos concorrentes mais mediáticos de talent-shows em Portugal. Participou no Ídolos em 2009 e, neste momento, é um dos participantes do The Voice Portugal. Carlos editou o seu primeiro disco, “Raio de Sol”, em 2013.
Hoje, ao seu estilo mais irreverente submete-se a mais um Raio Z.

Zapping: Aos 22 anos, quem é o Carlos Costa?
Carlos Costa: O Carlos é apenas um jovem que sonha superar-se a cada desafio. Dar o meu melhor e tentar mudar ideologias são alguns dos meus objectivos.

Z: Tem conhecimento das críticas do público a seu respeito? Como reage às opiniões negativas?
CC: Tenho ideia que não podemos agradar a gregos e a troianos. Também sei que há muita gente que gosta de se “esconder” atrás de um teclado e opinar sobre tudo e todos sem conhecimento justo. Não ligo a isso.

Z: É verdade que foi sondado pelo compositor de “Euphoria” para gravar um tema?
CC: Tivemos uma conversa sobre um tema para Portugal. Não chegamos a grandes conclusões. Talvez um dia. Para já o festival RTP não é muito animador para ambos.

Z: Estaria disposto a aceitar esse convite, caso Thomas G:son lhe propusesse algo em concreto?
CC: Quem sabe… Talvez possamos pensar nisso… Mas depende de muita coisa.

Z: Acha que a RTP estaria disposta a mudar de postura, em relação às músicas cantadas numa língua estrangeira, no que respeita ao Festival da Canção?
CC: Acho que a RTP não quer vencer e sabe que quem cantar em português vê as possibilidades reduzidas. Assim sendo… Acho que vão continuar a recusar o inglês com a justificação de que querem levar a nossa língua além-fronteiras. Afinal, é uma desculpa plausível.

Z: Portugal necessita de compositores estrangeiros para ser bem representado na Eurovisão?
CC: Discordo totalmente, Portugal necessita de compositores que conheçam o certame e estejam dispostos a vencer. Estrangeiros ou não, isso é relativo.

Z: Na sua opinião, o que falta a Portugal para ganhar a Eurovisão?
CC: Investimento, uma boa canção e uma boa promoção.

Z: Acha que Portugal foi bem representado pela Suzy na Eurovisão?
CC: Adorei o trabalho desempenhado pela Suzy. Surpreendeu. Não era um tema vencedor mas foi sem dúvida uma lufada de ar fresco.

Z: Estaria disposto a voltar participar no Festival da Canção?
CC: Eu adoraria, por Portugal, mas é complicado… Os lóbis não facilitam. E a experiência de 2012 serviu de lição.

Z: O seu primeiro disco, “Raio de Sol”, foi um sonho tornado realidade?
CC: Claro que sim, adoro o meu “primeiro menino” e foi um sonho tornado real. Acho que aprendi muito com ele.

Z: O que mudou na sua vida depois de Ídolos?
CC: Tudo mudou depois de 2009, a minha vida pessoal e profissional sofreram muitas mutações e alterações. Depois do Ídolos, nada foi como era, tornou-se ainda melhor.

Z: O que tem achado até agora, da sua participação no The Voice Portugal?
CC: Tem sido tão giro, o formato é espectacular e já me ambientei. Acho que agora é só mostrar evolução.

Z: O Mickael Carreira foi o único a virar a cadeira. Estava à espera que os outros mentores também virassem a cadeira?
CC: Sinceramente, não fui para ali a pensar muito nisso. Ele virou e fiquei feliz com isso.

Z: Acredita que pode vencer o The Voice?
CC: Tenho perfeita noção que jamais irei vencer. Vou dar o meu melhor para chegar o mais longe que consiga, mas não vou vencer.

Z: Vamos ouvir falar, num futuro próximo, de um novo projecto da sua autoria?
CC: Claro que sim, para além do The Voice, tenho o meu segundo álbum em carteira.

Z: Perguntas Rápidas:
Vicio… ginásio.
Livro/filme/música/série favoritos… The Kitchen Boy/Elizabeth/Stay/Game of Thrones.
Na TV não dispenso… o The Voice Portugal.
A pessoa que mais admiro… é a minha mãe (parece cliché mas é verdade).
Não vivo sem… compras.
Um dia corre bem quando… estou com quem amo.

Z: A sua vida dava uma novela? Porquê?
CC: Dava várias novelas… Porquê? Só com uma novela iriam a perceber…

Entrevista de Nuno Costa
Revisão de Margarida Costa