[Raio Z] Entrevista a Denis Filipe, vencedor do “A Voz de Portugal”

Numa altura em que a RTP se prepara para estrear a segunda edição do talent show, “The Voice Portugal”, o Raio Z esteve à conversa com o primeiro vencedor do formato.
Denis Filipe fala-nos do que já fez após o concurso musical, do seu álbum ‘Twist & Bend’ e do futuro.
Numa entrevista animada, é Denis em mais um Raio Z!

Zapping: Foi um dos concorrentes do programa “A Voz de Portugal”. Como foi participar neste projeto?
Denis Filipe:
 Foi uma experiência positiva, no qual consegui realizar algo que já ambicionava já há alguns anos. A gravação do meu primeiro álbum ‘Twist & Bend’.

Z: A RTP1 prepara-se para estrear uma segunda temporada. Vai tentar acompanhar esta edição?
DF:
 Sim, vou tentar acompanhar, mas vou ter alguma dificuldade porque no final de Abril vou mudar-me para Londres para tentar divulgar o meu trabalho por lá. Só vou regressar a Portugal para tocar em alguns espetáculos de verão.

Z: Caso o programa venha a ter mais temporadas, gostava de um dia chegar a mentor do formato?
DF:
 Seria engraçado, depois de alguns anos, o papel inverter-se. Certamente iria aceitar o desafio.

Z: Portugal tem um mercado musical suficientemente grande para abranger todos os concorrentes de talent shows?
DF:
 Portugal, neste momento, não têm espaço para os artistas em geral. Há poucos concertos, a cultura está estagnada e neste momento está difícil para toda a gente. É preciso trabalhar e ter muita força de vontade para se fazer carreira na música, quer seja uma pessoa que tenha vindo de um talent show ou de uma garagem, etc.

Z: Lançou entretanto o seu primeiro CD, ‘Twist & Bend’, acha que é um trabalho que o define enquanto músico?
DF:
 Sim, até porque fui eu que escrevi, compus e até gravei todas as músicas do álbum. Então, tem muito de mim.

Z: O álbum tem músicas em Português? É importante cantar, também, na nossa língua?
DF:
 Na realidade só tenho uma música em português, o resto do álbum é em inglês. Acho que é importante exprimir-nos no que achamos que encaixa nas músicas, não desvirtuar as coisas só porque se têm mais mercado se cantarmos na nossa língua. É importante haver artistas que se exprimam em português e acho que já temos muitos fadistas a espalhar o português por todo o mundo. Para rematar, acho importante que um artista se sinta bem e acredite naquilo que está a fazer, independentemente da língua que canta ou através de música instrumental.

Z: Em cada trabalho pretende imprimir um toque pessoal?
DF:
 Em cada trabalho pretendo sempre inovar, fazer algo diferente e não ficar estagnado.

Z: Algum dos temas de ‘Twist & Bend’ tem uma inspiração especial?
DF:
 Inspiro me sempre em algo, nem que seja à partida no rock n’roll, no amor ou histórias do dia-a-dia. Mas, por acaso, escrevi um tema em que me inspirei na minha passagem pelo programa, o tema chama-se ‘I want it so bad’.

Z: Já pensa num novo álbum? Um dueto com o seu “mentor” Rui Reininho é uma possibilidade?
DF:
 Por enquanto, ainda não estou a pensar num novo álbum. Fazer um dueto com o Reininho é um grande desafio. Talvez um dia.

Z: Vamos à pergunta de praxe: Que conselho deixa para os novos concorrentes de “The Voice Portugal”?
DF:
 O conselho mais importante é que desfrutem da passagem pelo programa. Às vezes, como concorrente, isso passa-nos ao lado. Porque queremos fazer uma atuação perfeita e depois isso não acontece porque estamos a pressionarmo-nos tanto que às vezes sai ao lado.

Z: Perguntas Rápidas:

Maior Vício: Música e doces.
Livro/Filme/Música/Série Favoritos: Gostei muito da série ‘Breaking Bad’, na música e nos filmes é complicado escolher, depende sempre da altura.
Na TV não dispenso: estar com um boa companhia.
A pessoa que mais admiro é: os meus pais. São um grande exemplo de vida.
Não vivo sem: internet.
Não saio de casa sem: normalmente o telemóvel.
Um dia corre bem quando: me sinto realizado com o que fiz no dia.

Z: Pergunta Final:
A sua vida dava uma novela porquê?
DF:
 Uma novela não digo, mas uma minissérie talvez. Uma série onde anos de perseverança fizeram com que chegasse e conquistasse aquilo que já conquistei na música. Talvez daqui a uns anos a minissérie se tornasse num bom filme, quem sabe.

Entrevista de Ricardo Neto
Revisão de Inês Silva