[Raio Z] Entrevista a Manuel Melo: “Tenho que agradecer à Endemol e à TVI por terem apostado em mim.”

Músico, ator e apresentador, Manuel Melo tornou-se conhecido do grande público depois de participar no concurso “Academia de Estrelas” da TVI. Destacou-se no papel de Girafa na novela “Saber Amar”, onde contracenou diretamente com o veterano Ruy de Carvalho. Depois de um longo interregno, voltou aos ecrãs numa das edições de “A Tua Cara Não Me É Estranha”, programa que serviu de rampa de lançamento para a sua aventura no programa das tardes de domingo da TVI: “Somos Portugal”. Numa entrevista em que falamos do formato líder das tardes de domingo, Manuel revela a sua gratidão à estação de Queluz de Baixo e fala-nos do que já aprendeu com este programa.

É Manuel Melo em mais um Raio Z.

Zapping: Está, neste momento, no “Somos Portugal”. Como tem sido este projeto?
Manuel Melo: Este projecto tem sido melhor do que alguma vez poderia imaginar, por várias razões: pela longevidade do projeto, que só continua a crescer, pelo sucesso que tem semana após semana, pelos grandes profissionais e amigos que encontrei, reencontrei e conheci, e por tudo o que tenho aprendido neste projeto tão humilde e genial ao mesmo tempo.

Z: Apesar das muitas críticas feitas ao formato, este continua no ar e com boas audiências. Qual é o segredo para o sucesso do “Somos Portugal”?
MM: Este formato não é novo, existe há muitos anos, embora o “Somos Portugal” tenha um sucesso acima da média e constante. Acho que se deve às pessoas… É um projecto levado a cabo por pessoas, por gente, por humanidade que se encontra dentro da Coral Europa (produtora do programa) e segue até ao telespectador. Existe ânimo a construir cada edição e profissionais com paixão pelo que fazem todas as semanas. É o que penso, se não for esse o segredo do sucesso, então não sei…

Z: É espectador do concorrente direto, o “Portugal em Festa”? Qual é a sua opinião sobre o formato da SIC?
MM: Não sou, simplesmente porque a essa hora ou estou atento ao Somos Portugal, ou estou a trabalhar, nem que seja em casa.

Z: Enquanto apresentador, o que retira das reportagens que faz para o programa?
MM: Principalmente um enorme gozo, e uma “bagagem” que levarei comigo para sempre. Todas as semanas reinventamos as peças, criamos personagens novas, situações com contexto, ao mesmo tempo que vou conhecendo segredos deste país absolutamente incrível. É um trabalho de equipa que tem resultados bem positivos.

Z: Vê-se a apresentar um programa de daytime? Tem trabalhado para, mais tarde, chegar a esse horário?
MM: Nunca penso nisso dessa forma, penso como desafios. Vejo, principalmente, como continuidade de trabalho. Mas imagino-me a fazer muita coisa, com dignidade e empenho.

Z: Alguma vez lhe foi proposto ser o apresentador principal do “Somos Portugal”? Como encararia este desafio?
MM: Não, nunca foi proposto e acho que não faria sentido nesta altura do “campeonato”. O programa resulta bem assim, como está. Isso seria como se, numa banda musical, pedisse ao baterista para ir cantar, ou ao baixista para ser técnico de som, poderia resultar, mas não era a mesma coisa.

Z: O que guarda da participação no programa “A Tua Cara Não Me É Estranha?
MM: Fiquei muito grato por essa oportunidade, que acabou por me trazer até aqui e me deu a oportunidade de fazer o que mais gosto. Ainda por cima, num programa de eleição. Um obrigado à Endemol e à TVI por terem apostado em mim.

Z: A música é, no fundo, a sua grande paixão?
MM: É, e nunca esteve longe de mim. Penso ser difícil divorciar-me dela, até porque chegou bem cedo à minha vida e por cá ficou, em todos os momentos. A guitarra, o meu instrumento de eleição, é a minha companheira de “guerra” e com ela ultrapassei grandes batalhas.

Z: Participou na série “Camilo, o Presidente”, recentemente reposta pela SIC. Fala-se que a estação de Carnaxide quer produzir uma nova série com Camilo de Oliveira, voltaria a participar?
MM: Só com a proposta em cima da mesa para poder ponderar. Só aí poderia falar.

Z: Voltar à sua carreira de ator é um projeto a curto prazo?
MM: Essa questão é a profissão que terá de responder. Eu estou ao serviço da comunicação e não o contrário. Espero que não… Podem sempre seguir as novidade em www.facebook.com/manuelmelooficial

Z: Perguntas Rápidas:
Maior Vício: edição áudio, música, fotografia.
Livro/Filme/Música/Série Favoritos: não tenho tempo por causa dos vícios descritos em cima.
Na TV não dispenso: o comando.
A pessoa que mais admiro é: o meu pai.
Não vivo sem: ar.
Não saio de casa sem: as chaves, Bem às vezes acontece, mas é raro graças ao porta-chaves.
Um dia corre bem quando: chego ao fim vivo.

Z: Pergunta Final:
A sua vida dava uma novela? Porquê?
MM: Dava pois, um MELOdrama. Uma comédia pegada, uma ironia satírica patente nas curiosidades e voltas que a vida dá.

Entrevista de Ricardo Neto
Revisão de Margarida Costa