SIC não quer apostar em reality shows do género do “Secret Story: Casa dos Segredos”

A TVI trouxe para Portugal, em 2000, o “Big Brother” que acabou por revolucionar a televisão portuguesa. Passados mais de dez anos, os reality shows continuam a ser um dos grandes trunfos da estação de Queluz para manter a liderança das audiências, agora com o “Secret Story: Casa dos Segredos”.

Em entrevista à Noticias TV, Pedro Norton, CEO do universo Impresa, afirma que não compraria uma “Casa dos Segredos” para a SIC, independentemente dos resultados e das receitas que podem trazer.

«Não é tanto o género reality que eu acho que seja inconcebível para a SIC. O programa em si, e a forma como ele é executado, é que pode encaixar ou não nos valores da estação. Esse não encaixava», conta, acrescentado: «Uma decisão dessas não pode ter apenas em mente os números. Há que ter em conta a estratégia da empresa e o seu posicionamento no mercado. Nós temos uma noção muito clara dos públicos para quem queremos trabalhar.»

Depois de formatos como o “Bar da TV”, “Acorrentados”, “Confiança Cega”, “MasterPlan” ou “Senhora Dona Lady”, os reality shows parEcem ter ficado fora das futuras apostas da SIC: «Há programas que podem encaixar noutros perfis de estação, mas não no da SIC. Não está no nosso ADN. (…) Os limites que possam existir devem ser autoimpostos. Cada um deve saber que perfil de estação quer ter, para que tipo de públicos quer trabalhar e ser coerente numa estratégia de médio e longo prazo. Portanto, no limite há várias estratégias possíveis e todas elas legítimas. No perfil da SIC, a Casa dos Segredos não encaixaria.»