“Sol de Inverno”: 07 a 13 de outubro

21º Episódio

Luís implora a Margarida que o ajude a roubar Guerreiro, o cavalo mais valioso da herdade, única forma que terá de pagar as dívidas de jogo que contraiu. Margarida acaba por ceder à paixão e decide fazer o que ele lhe pede, depois de Luís garantir que o seguro vai cobrir o prejuízo da família.
Laura ouve os argumentos de Horácio e Isabel mas recusa-se a assumir que cometeu uma injustiça ao despedir Lurdes e mantém a sua decisão, rejeitando as acusações de Isabel a Rita, quando conta que ela montou uma armadilha a Lurdes porque descobriram o seu envolvimento intimo com o rapaz do armazém. Laura afirma com arrogância que não gosta nada de teorias da conspiração em que a culpa é sempre dos outros. Isabel deixa o gabinete da patroa cabisbaixa enquanto Laura fala com Horácio a sós para lhe dizer que se é para ser incomodada com assuntos destes, não vale a pena ter encarregado na fábrica. Horácio ainda lhe pede que permita a Lurdes receber o subsídio de desemprego, mas ela mostra-se inflexível e argumenta que não faz sentido que alguém que roubou fique em casa a receber.
Na fábrica, Rita dá por falta de Célia e Isabel e pergunta por elas com maus modos. Célia chega acompanhada por Fábio e justifica que foi ao armazém buscar linha. A chefe pergunta por Isabel e Célia não denuncia a colega, sublinhando que a explicação deve ser dada por Horácio que até está acima dela. Rita, cheia de raiva, dispara que o encarregado também está no olho da rua não tarda nada. De seguida isola Fábio e obriga-o a dizer que Isabel e Horácio foram conversar com Laura sobre o despedimento de Lurdes. Rita fica a temer pelo desfecho da conversa com a patroa.

Lá fora, Isabel afirma que não gosta nada daquela gente apontando para o gabinete de Laura. Benedita chama-lhe à atenção, prevenindo a irmã de que não está na fábrica. Isabel prepara-se para discutir mas a chegada de Eduardo interrompe a conversa, pois entrega trabalho para Benedita executar. Horácio sai do gabinete de Laura e conversa com Eduardo que se inteira do ritmo de produção da fábrica. O encarregado revela que o bónus que Salvador prometeu aos trabalhadores pelo trabalho a mais faz quem que eles esqueçam o cansaço. Eduardo fica admirado e depois de Horácio sair com Isabel, comenta com Benedita que o que o irmão ofereceu aos operários não foi aprovado pela administração da empresa.
Lourenço fica chocado quando Sofia lhe conta que está a trabalhar num call center e sublinha que ela é designer, não uma telefonista. O amigo constata que Laura deve estar feliz com a sua desgraça e afirma que têm de acabar com aquele estado de felicidade. Sofia diz que Lourenço já a auxiliou muito, pedindo-lhe apenas que a ajude a trazer para Portugal o corpo do marido. Sofia assume que só descansará quando obtiver justiça, enquanto Lourenço destaca a sua qualidade moral pelo facto de ela não querer vingança. O amigo sorri dizendo que querer justiça em Portugal pode ser perigoso.
Eduardo confirma com Salvador que este prometeu um bónus aos trabalhadores pelo esforço dispendido a na produção da nova colecção da Boheme. O irmão, malicioso, afirma que ninguém o autorizou a isso, muito menos a administração e desliga-lhe o telefone na cara. Salvador fica irritadíssimo, agarra nas chaves do carro e sai de casa.

Joana lancha com Matilde e confessa que já tinha saudades de estar com ela. A prima argumenta que ela lhe podia ter telefonado mas Joana responde que tem tido muito trabalho e que com namorado novo não dispõe de muito tempo. De seguida provoca, lamentando que Matilde já não esteja com Salvador, pois podiam marcar um jantar a quatro. A prima conta que o viu a correr na noite anterior mas que não lhe falou por falta de coragem. Joana sugere-lhe que arranje outro mas Matilde afirma que não quer estar com mais ninguém.
Eduardo oferece umas botas em pele a Benedita e ela disfarça mal o contentamento que sente. O executivo aproveita e pede-lhe que as use quando for ter com ele. Benedita faz-se cara e informa que nessa noite já tem um compromisso, mas Eduardo percebe que a tem na mão e diz-lhe que desmarque. Salvador interrompe a conversa e pergunta-lhe se podem falar. Eduardo leva-o para o seu gabinete.

Salvador avisa o irmão de que não aceita que os prémios que prometeu ao pessoal da fábrica não sejam pagos. Eduardo afirma que ele nunca podia ter oferecido um bónus aos operários com a empresa numa situação tão delicada e Salvador aproxima-se dele e diz que nem que seja preciso pagar do seu bolso, o que prometeu será cumprido, pois ao contrário de si, sabe honrar a palavra dada. Teresa entra no gabinete alertada pela discussão que está a ser travada e toma o partido se Salvador. Eduardo fica muito irritado com a situação.
Dulce insiste com Andreia para que se levante e coma a sopa que lhe levou, dizendo que deve sair do quarto porque o dia está muito bonito. A rapariga acaba por desabafar com a governanta, confessando que o seu casamento é um fracasso e que, provavelmente, seria criminoso ter filhos agora que ela e Eduardo não se entendem. Dulce esforça-se por desdramatizar o assunto mas Andreia está mesmo deprimida e quase nem ouve o que ela diz, seguindo para o duche, enquanto vai deixando a roupa espalhada pelo chão.
Dulce comenta com Carlos que nunca viu a menina Dulce tão em baixo. O filho começa a brincar mas quando se percebe que a mãe se refere ao facto de Andreia e Eduardo terem perdido mais um bebé, retrai-se no discurso. Carlos engana depois a mãe, dizendo que já não tem dinheiro, convencendo-a a pagar-lhe o bilhete para ir ao futebol com os amigos e às tradicionais bifanas a seguir ao jogo. Dulce mostra-se renitente mas, como é costume, deixa-se convencer. Enquanto ela vai buscar a carteira, Carlos liga a Fátima e convida-a para jantar, dizendo que a quer levar a um restaurante muito fino. Ela fica em grande excitação com as estrelas do restaurante e pede autorização a Lé para sair com o rapaz. Lé resigna-se e liberta a empregada. Fátima diz a Carlos que o espera às oito horas, pronta para tudo. Depois de desligar o telefone, Carlos esfrega as mãos de contente.
Fátima abraça Lé e agradece-lhe ao ouvido por tê-la deixado ir jantar e por ser a melhor patroa do mundo. Lé deixa escapar que, com tanta excitação, dessa noite ela não passa e Fátima replica que uma mulher é feita de vontades. Sem se deter, sonha com o restaurante fino onde Carlos quer levá-la e pensa no que deve vestir. Entusiasmada, corre a escolher a roupa que vai levar e pede a Lé que depois a vá ajudar a decidir qual o melhor vestido. Lé suspira e murmura que ela não muda.

Tomás orienta Vasco e Manel no aquecimento, antes da primeira aula de surf no mar. Lúcia também se prepara para entrar na água e ouve a conversa que Tomás está a ter com Vasco para o fazer perder o medo do mar. Lúcia fica embevecida, mas quando Tomás olha para ela, desvia a cara. A aula é um sucesso e Vasco acaba a sessão a fazer carreirinhas com o pai e com o instrutor. Quando sai da água avista Sara que sorri quando ele passa por ela, de peito inchado e prancha debaixo do braço. Manel vem feliz ao lado de Tomás e ambos concordam que a aula correu muito bem.
Horácio conversa com Teresa que está de visita à fábrica e sensibiliza-a para que é fundamental que a empresa pague aos trabalhadores o bónus que lhes foi prometido, pois se o dinheiro não aparecer vai ser um grande problema. A gestora recebe uma chamada do hospital e remarca nova sessão de hemodiálise, justificando que nesse dia não compareceu por questões profissionais. Teresa fecha a conversa com Horácio e promete que vai desbloquear o problema do pagamento aos trabalhadores.

Célia confessa que está a acusar o esforço suplementar a que tem sido sujeita e Rita diz que ela devia era estar contente por ter trabalho. Isabel manda a chefe parar com as ameaças mas ela cita Maquiavel e diz que é preferível ser temido do que ser amado. A operária provoca-a e responde que ela deve ter lido aquela frase no facebook, pois nunca deve sequer ter lido um livro. Rita assegura que o seu mal é a azia com que ficou por não ter conseguido que Laura readmitisse Lurdes. Quando Rita sai, Isabel jura que a há-de pisar quando ela tropeçar. Lídia mantém-se atenta, para depois ir contar tudo à chefe.
Andreia fica destroçada quando Filipa lhe diz que afinal a Chiffon decidiu que não será ela a fazer a campanha publicitária. Andreia chora convulsivamente, percebendo que de nada lhe valeu o sacrifício que fez e grita com a agente quando ela lhe conta que o seu nome está a ser considerado para outras campanhas. Filipa fica magoada e Andreia exterioriza a sua raiva partindo um espelho do quarto com um frasco de perfume.
Salvador conta a Simão e Nuno que Eduardo pensa que o está a prejudicar negando pagar o bónus aos trabalhadores da fábrica, mas garante que o que está a fazer é prejudicar a empresa. Simão afirma que a empresa com Eduardo não se vai aguentar, enquanto Nuno afiança que se o prometido não for cumprido o ambiente vai aquecer. Salvador afirma que vai pagar o que puder do seu bolso e que a seguir apanha o primeiro avião para Londres, pois não quer ouvir falar da Boheme nos próximos tempos.

Horácio lamenta não ter conseguido que Laura readmitisse Lurdes na empresa. Jacinto desespera e acusa o amigo de não ter defendido a mulher logo que a patroa a despediu. Lurdes sai em defesa de Horácio e depois do amigo ir embora, diz ao marido que não lhe devia ter falado assim. Jacinto desabafa que ela foi tapada por ter caído na armadilha de Rita e Lurdes retalia e afirma que se foi tapada, foi para lhe levar coisas para ele trabalhar.
Laura desabafa com Teresa e conta que a loja de Nova Iorque está vazia á espera da nova colecção de sapatos e que a imprensa americana deu destaque ao escândalo que envolveu a empresa. Teresa mente à mãe e diz que a sessão de hemodiálise correu bem. Laura pergunta pelos outros filhos que nunca mais descem para jantar. Margarida justifica que estava a falar com uma amiga e se distraiu. Eduardo também chega entretanto, arrastando Andreia por um braço, dizendo que está tudo bem. Teresa ironiza e murmura que se nota. Eduardo sai mais uma vez derrotado, quando Laura decide que a empresa tem de pagar aos trabalhadores o bónus que Salvador prometeu. A empresária manda calar o filho, quando ele pretende apresentar o seu ponto de vista. Laura afirma que não está para perder mais tempo e Teresa sorri ao irmão, que fica furioso.

Carlos leva Fátima a uma marisqueira e age como se fosse um cliente habitual. Para dourar a sua representação, diz-se amigo de Cristiano Ronaldo e trata o empregado do restaurante pelo apelido, garantindo que o trata sempre muito bem. O homem sorri e serve as ostras que Carlos tinha pedido. Ele atrapalha-se a comer e Fátima confunde as ostras com mexilhões. Ele aconselha-a a beber um copo de vinho por cada ostra que beber, depois de ela garantir que se continua a beber assim se enche de calores.
Teresa está no seu quarto, cansada e desanimada. Laura entra e sugere-lhe que façam uma campanha para tentar encontrar um dador de rim para ela. A filha afirma que não pode render-se à doença e ensaia tomar um pouco de água. Laura avisa que não deve abusar e Teresa censura a interferência da mãe, que opta por beijá-la e sair do quarto para ir dormir.
Margarida sai de casa pela calada da noite e vai para as cavalariças, ajudando Luís e um cúmplice a roubar Guerreiro. Os dois homens arrancam no carro, roubando o cavalo mais valioso da herdade.

Pela manhã, Salvador recebe uma carta que contém uma chave e coordenadas de GPS. Simão fica entusiasmado e incita o irmão a ir descobrir do que se trata. Salvador vai arranjar-se para sair de casa. Está muito intrigado.
Laura fica em choque quando António, tratador dos cavalos da herdade a informa de que Guerreiro desapareceu e que encontrou a porta da boxe aberta. Laura dá ordens para que nada seja mexido e vai chamar a polícia.
Salvador segue as indicações do GPS do carro e vai dar à casa de madeira que queria comprar para viver com Matilde. Quando para o carro percebe que ela o espera à porta. Salvador e Matilde olham-se, apaixonados.

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