“Sol de Inverno”: 16 a 22 de setembro

2º Episódio

Matilde encontra Salvador na cafetaria do hospital e conforta o namorado depois deste ter acabado de perder o pai. O casal concorda em seguir em frente com a sua vida, mantendo a decisão de ir estudar para Londres.
Á entrada do hospital, Sofia e Álvaro fazem companhia aos filhos de Francisco. Teresa confessa que já não aguentava estar no quarto do pai. Laura assoma nesse instante e vem devastada, confirmando a Eduardo que o suporte de vida de Francisco foi desligado, oficializando a sua morte. Sofia vai ao encontro de Laura que se deixa abraçar controlando a imensa raiva que sente dela. Com uma frieza extraordinária, Laura até agradece a Sofia e Álvaro a sua amizade. Sofia oferece-se para lhe fazer companhia em casa mas Laura recusa, tal como recusa ser acompanhada quando decide que vai dar uma volta. Com alguma estranheza, todos a vêm afastar-se, mas entendem aquela atitude como uma forma de expressar o desgosto pela perda do marido.
Laura treina a falsificação das assinaturas de Sofia e Álvaro e, quando atinge a perfeição, passa com o nome deles um cheque de dois milhões de euros e dá ordem para que o vão buscar. O cheque que o casal havia passado para pagar a maquinaria que a empresa adquiriu, é destruído.
Teresa, Salvador e Simão observam Margarida que está a montar. Simão pergunta a Salvador se sempre vai para Londres. O irmão começa a duvidar se será o que deve fazer mas Teresa, sempre ponderada, defende que todos devem seguir com as suas vidas, apesar de ser difícil depois da morte do pai. Margarida aproxima-se e pergunta se alguém a acompanha para galopar, dizendo que está a precisar de o fazer. Salvador acompanha a irmã, pedindo-lhe apenas que o deixe calçar umas botas.
Margarida e Salvador galopam à beira-mar. Ela confessa que já sente muito a falta do pai e o irmão concorda que todos sentem o mesmo. Nesse momento, cruza-se com eles uma rapariga de prancha na mão, que sorri ao ver os cavalos. Os irmãos prosseguem a cavalgada e cruzam-se com Tomás que conduz em stress, pelo caminho de onde eles vieram. O telemóvel de Tomás toca e quando ele atende é pressionado pelo patrão a voltar ao banco, pois tem um cliente importante com urgência em ser atendido. O rapaz afirma que não volta e acaba por se despedir, farto da insistência do gerente. Como o homem persiste em ligar-lhe, Tomás atira o telefone ao mar. Lúcia que acabou de surfar, assiste a tudo divertida. Tomás vai rindo de si próprio e começa a despir-se para vestir o fato de mergulho. Depois de se apresentar a Lúcia acaba por se espalhar na conversa, recusando ir tomar ao bar da praia, colocando-lhe todos os defeitos, sem saber que o estabelecimento pertence a Lúcia. Ela ainda o compromete mais, dizendo que se acabar por ir experimentar o bar, lá estará o marido que o fará mudar de ideias e de o fazer gostar do espaço. Tomás fica incomodado e prefere ir surfar. Lúcia vai embora e entra num palacete ali ao pé. Assim que avista Lé pergunta por Violeta e Matias. A amiga conta que estão a dormir a sesta e a rapariga agradece. Mariano arruma os seus tupperwares e procura uma das tampas, que Lé o ajuda a encontrar, enquanto convida Concha para ir com ela dormir na praia para verem a chuva de estrelas nessa noite. A filha diz que tem de estudar para um teste e ainda concluir um trabalho, não cedendo às tentações. A harmonia é interrompida por Fátima que corre atrás de Paulo que a enganou, omitindo ser casado e pai de filhos. Lé entrega um chá a Fátima, enquanto Mariano lhe oferece um pouco do seu bolo. Paulo consegue fugir à ira da rapariga.

Muita gente aguarda pelo funeral de Francisco. Dulce é uma das pessoas presentes. Está chorosa, muito abalada, quando Isabel a cumprimenta, dizendo à madrinha para que tenha força. Ela confessa que não esperava vê-la ali, mas Isabel argumenta, ainda que tensa, que Francisco era o seu patrão e que gostava muito dele. Dulce responde que não vale a pena remoer e que o que têm a fazer é olhar em frente. Nesse instante, Laura, os filhos e a nora chegam à basílica. Salvador passa à frente de Isabel e Dulce abraçado a Matilde. Elas ficam visivelmente tensas e Dulce diz a Isabel que se falar, vai fazer mais mal que bem e que o dia, não é dia para falar com quem quer que seja.
Eduardo resmunga que deviam correr com os fotógrafos e com os restantes jornalistas. Simão acalma o irmão e afirma que é natural o mediatismo do funeral, uma vez que o pai era uma pessoa conhecida. Acrescentando que não é uma boa altura para hostilizar a imprensa.
Sofia abeira-se de Laura e cumprimenta-a segurando-lhe a mão, ao mesmo tempo que desabafa que custa muito pensar que vão ficar sem Francisco. Laura solta-se com rispidez da amiga e responde que custa mesmo muito, até porque ela sempre foi muito próxima dele. Sofia estranha aquela reacção mas acaba por desvalorizá-la, seguindo como os demais para o interior da igreja.
Durante a missa, Isabel fita Salvador e fica com um ar pensativo e preocupado. As últimas palavras são proferidas por Laura que realça todo o amor que dedicou a Francisco, citando o escritor francês Balzac, para afirmar que o ódio tem melhor memória do que o amor. Ao proferir tais palavras olha carregada de ódio para Sofia, mas os presentes interpretam aquele olhar como uma reacção de desgosto pela perda do marido. Salvador abraça a mãe e leva-a para tomar ar. Laura transpira raiva no seu olhar.
Manel chega ao cemitério já com o funeral de Francisco no fim. Quando a cerimonia termina, aproxima-se de Laura e conta-lhe que foi detectado um desfalque de dois milhões de euros na empresa. Laura faz-se desentendida e pergunta quem seria capaz de tal coisa e se já apuraram o que aconteceu. Manel confidencia que as assinaturas do cheque que foi parar a uma offshore desconhecida, foi feita por Sofia e Álvaro. O contabilista dispõe-se a ir falar com eles mas Laura não permite, dizendo que é urgente denunciá-los à polícia. Manel insiste em falar primeiro com Sofia e Álvaro mas Laura insiste que este é um caso para as autoridades resolverem.
Sofia e Álvaro estão num almoço de negócios quando são abordados por dois agentes da Polícia Judiciária, que os obrigam a acompanhá-los. Durante o interrogatório, o casal é confrontado com um cheque que serviu para desviar dois milhões de euros da empresa e que contém as suas assinaturas. Sofia e Álvaro asseguram que as suas assinaturas foram falsificadas e ficam espantados por terem sido denunciados por Laura, sem que ela tivesse falado com eles antes. Sofia esclarece que apenas assinaram um cheque daquele valor para pagarem a maquinaria que compraram e confirma que foi para essa despesa que deu ordem ao banco que libertasse o dinheiro. Capote, que conduz o interrogatório desabafa que já percebeu que aquela conversa vai demorar.
Eduardo mostra-se surpreendido com o desfalque ocorrido na empresa e duvida que Sofia e Álvaro tenham desviado o dinheiro. Laura manipula o filho e faz com que ele acredite que os amigos queriam afastá-la da empresa, depois da morte de Francisco e que, por isso, teve de jogar por antecipação. Eduardo percebe que foi a mãe a criar aquela situação a Sofia e Álvaro e compromete-se a guardar segredo.
Sofia vai a casa de Manel clamar a sua inocência e o contabilista da Boheme promete tudo fazer tudo para a ajudar. Manel deixa claro que foi Laura que insistiu em denunciá-los à polícia sem falar com eles antes. Sofia vai decidida à procura de Laura, dizendo que ela precisa de saber que está inocente.
Álvaro, desesperado, assiste em casa de Adelino às notícias, acompanhado por Matilde e Joana que não escondem a sua apreensão. Na reportagem é lançada sobre ele e a mulher a suspeita de terem desviado uma fortuna da empresa. Adelino desliga a televisão e comenta que os jornalistas querem é culpados. Álvaro repete várias vezes a Matilde que tanto ele como a mãe estão de consciência tranquila, reafirmando que não desviaram um centavo e que a conta onde o dinheiro foi depositado não lhes pertence. Álvaro aceita jantar em casa do sogro, pois a essa hora tem a casa invadida de jornalistas. Matilde recebe uma mensagem de Salvador que lhe pede para lhe ligue. Matilde pergunta a Álvaro se não devia ter acompanhado a mãe mas o pai responde que Sofia quis ir sozinha falar com Laura.
Sofia jura a Laura que não fez qualquer desfalque na empresa mas ela deixa-a desconcertada ao responder que ninguém pode garantir que não lhe roubou o dinheiro, já que foi capaz de lhe roubar o marido. Só depois desta frase é que Sofia percebe a armadilha que Laura lhe montou para a incriminar ela e a Álvaro. Laura não esconde o que fez e acusa Sofia de a ter traído ao ter um caso com o marido. Sofia jura que o namoro com Francisco acabou quando tinham dezassete anos e que nunca mais tiveram nada um com o outro. Ao ser confrontada com o facto de Dulce os ter visto a beijar-se, Sofia desvaloriza esse episódio mas Laura não lhe perdoa e expulsa-a da sua casa, afirmando que a sua amizade acabou e a sociedade também. Sofia retira-se convencida de que vai conseguir provar a sua inocência e em choque com as revelações daquela que até ali era a sua melhor amiga.
Alheios ao conflito que eclodiu entre as suas famílias, Salvador e Matilde só pensam em fugir juntos e beijam-se com ternura.
Sofia chega a casa do pai e conta a Álvaro que foi Laura quem falsificou o cheque que os incrimina de terem desviado dinheiro da empresa. O marido tenta saber porquê mas Sofia esconde o motivo e responde apenas que Laura quer ficar com tudo o que é deles. Beatriz afirma que ela tem de ir contar tudo à polícia mas Sofia diz que não tem forma de provar a sua inocência, dizendo que precisa de ir descansar.
A sós com a irmã, Sofia acaba por contar a Beatriz que Laura agiu por vingança convencida de que ela tinha um caso com Francisco. Adelino irrompe no quarto e chama-as para que vejam uma coisa.
Álvaro descobre ao consultar o computador, que foram compradas duas passagens de avião em seu nome e no de Sofia, para dar a ideia de que tencionavam fugir. Sofia conclui que Laura não só quer que fiquem sem nada como os quer ver na cadeia. Matilde fica alarmada com a possibilidade de ver os pais serem presos. Álvaro e Sofia percebem que têm de deixar o país e decidem, por sugestão do marido, fugirem para Moçambique, onde ele nasceu. O casal começa a preparar a fuga com a colaboração da família. Sofia diz a Matilde que vai ficar com o avô e a tia, abraçando-a, em lágrimas.
Laura é informada pela polícia de que o juiz já emitiu um mandato de captura em nome de Álvaro e Sofia. Sem se deter, Laura procura Salvador e incita-o a afastar-se daquela família, que o mesmo é dizer, acabar o namoro com Matilde. Laura joga na chantagem emocional e diz que, apesar de Salvador ter sido adoptado, nunca o tratou de forma diferente relativamente aos filhos biológicos, esperando que ele saiba escolher o lado certo nesta batalha. Salvador reconhece que sempre se sentiu como qualquer membro da família e fica a pensar no que fazer.
Os agentes da Polícia Judiciária invadem a casa de Adelino para prenderem Sofia e Álvaro mas ficam frustrados porque o casal não se encontra ali.
A essa hora, Álvaro e Sofia estão prestes a entrar em Espanha, embora destroçados por estarem a deixar o pais e a filha.
Dois dias depois chegam a Maputo e Sofia pergunta destroçada a Álvaro o que vai ser deles no futuro. O marido está tão apreensivo quanto ela e não sabe o que responder.

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