Os trabalhadores da TVI ameaçaram avançar com uma greve para breve, avançou a edição desta quinta-feira do jornal i.
A proposta foi feita num plenário de trabalhadores realizado na tarde desta quarta-feira. O diário avança que em causa está o corte dos cartões de Natal, comunicado aos trabalhadores através de um email «que não justificava essa decisão».
O i teve acesso ao conteúdo da carta enviada à administração onde é demonstrada a preocupação e o descontentamento dos trabalhadores do grupo. «Mais uma vez, não sentimos qualquer preocupação da parte da administração com o impacto dessa medida nos trabalhadores, mais apelamos a que seja reconsiderada». O diário escreve que o cartão – a ser gasto no grupo Sonae – tem um valor de 125 euros para trabalhadores, mas os valores para chefias são mais altos.
O impasse na venda do grupo – que está em contagem decrescente – faz também parte do email dos trabalhadores: «Sabemos da particular fase que a empresa atravessa e, por isso mesmo, demos o nosso melhor durante todo o ano. Nunca como agora foi pedido tanto a tão poucos e nós não falhámos», avançam os trabalhadores, que confessam sentir-se castigados pelo facto de os resultados da estação de Queluz de Baixo não serem os esperados.
O corte dos cartões de Natal não é a única preocupação dos que assinaram a carta. «Os cartões de Natal são apenas uma pequena fatia das nossas reivindicações. Há anos que nos prometem um justo modelo de carreiras. O fim dos contratos externos e precários. Aumentos salariais dignos. Temos adiado formas de protesto mais evidentes devido a uma disponibilidade para negociar. Conseguimos pouco, mas conseguimos algo», escrevem os funcionários.
Como as negociações não foram conseguidas e sentem «que essa via foi cortada», os trabalhadores garantem não haver «outra saída». «Na próxima quarta-feira, dia 18 de dezembro, vamos parar na nossa hora de almoço e reunirmo-nos à porta da empresa, manifestando estas nossas preocupações», referem.
Ainda assim, a carta avança que o grupo de representantes vai estar disponível para ser ouvido com o objetivo de voltar à mesa de negociações e que aguarda uma resposta até ao dia anterior à greve.