TVI contrata diretor brasileiro que assume que na estação «não sabem fazer novelas»

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Wolf Maya vai dirigir a próxima novela da TVI

A TVI contratou um diretor de novelas brasileiro. Wolf Maya vai assumir os destinos da nova trama de Rui Vilhena que estreia em 2019.

O profissional deixou o Brasil e mudou-se para Portugal. Do outro lado do Atlântico o último trabalho foi “I Love Paraisópolis” (2015).

Com a carreira feita quase exclusivamente na Rede Globo, o diretor e autor foi dispensado nos últimos meses e a TVI viu uma oportunidade.

A nova trama de Rui Vilhena só deve estrear depois do verão e os trabalhos preliminares só começam no segundo trimestre.

«Em abril, estou em Portugal. Eu faço workshow na TVI dois meses (maio e junho). Com todos os atores. Eu falei para eles me mandarem todos os contratados deles. Tem desde a menininha até as senhoras mais velhas», revelou o artista à imprensa brasileira.

Wolf Maya vem com a missão, nas suas palavras, de ensinar a TVI a fazer novelas. Na opinião do diretor «Eles [os portugueses] não sabem fazer novelas. Eles não têm nada do naturalismo e do realismo que a gente [brasileiros] tem. A gente pegou tudo do cinema americano na nossa formação. Eu fui criado nos Estados Unidos e estudei na NBC. Quando eu voltei para a Globo, a minha formação toda era de lá», começou por dizer.

O ex-Globo diz que o mercado nacional tem de evoluir e criar uma «base de sustentação da interpretação». O responsável pela nova trama da TVI refere ainda que a estação contratou «Rui Vilhena, que é um bom autor e vai escrever a novela que eu que vou dirigir os diretores portugueses».

Para além de vir para ensinar o elenco a representar, Wof Maya diz também que vai formar diretores para depois poderem dirigir a solo. Wolf detetou uma falta de direção nas tramas de Queluz de Baixo e quer acabar com isso: «Vou ensinar para eles continuarem fazendo sozinhos».

Para além de tudo isto, Wolf Maya quer ensinar os atores da TVI a estudarem o texto. «Vai todo mundo aprender a ler texto junto. Vão aprender a ser natural, a jogar o texto fora, a fazer cinema, a perder a empáfia do teatro, da interpretação».

Em relação à trama que só deve estrear em setembro, o diretor diz estar satisfeito: «A novela não tem nome ainda. É do Rui Vilhena. A história é ótima, drama. Parece uma comédia americana de Nova Iorque. É muito moderna».