Altice obriga a TVI a cortar nos orçamento das novelas

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A Altice já começou a mexer na gestão da TVI. Segundo a TV7 Dias desta semana, uma das primeiras medidas é cortar nos ordenados de grande parte dos atores.

«Eles estão a cortar 50% no ordenado nos atores mais jovens, de segunda linha, e 25% nos atores veteranos, de primeira linha», realça uma fonte à revista da Impala.

A ideia dos novos donos da TVI é acabar com os contratos de exclusividade. «As tendências é acabarem com estes contratos. Já há poucos atores com exclusividade e, durante os próximos anos, a tendência é não haver nenhum.»

Diogo Amaral, avança a TV7 Dias, é um desses casos. Ele está no grupo de atores que aufere 4 mil euros por mês e desta forma teria de aceitar uma redução para metade. O ator acabou por recusar o convite endereçado pela TVI para “A Herdeira” e depois para “Condição Humana” e a estação decidiu rescindir o seu contrato.

A revista avança ainda que a estação de Queluz tem estado com alguma dificuldade em recrutar elenco para as suas produções. José Eduardo Moniz não está a conseguir alguns dos seus atores desejados dado ao ordenado que a TVI pode pagar.

Em “A Herdeira”, por exemplo, Rita Pereira, Alexandra Lencastre, Paulo Pires, Lourenço Ortigão, entre outros atores, foram chamados ‘à pressa’ uma vez que tem exclusividade com a estação.

«Houve algumas dificuldades em formar o elenco porque os atores foram confrontados com o facto de trabalharem com menos dinheiro. Alguns deles não aceitaram, e houve outros que acabaram por aceitar, mas que ficaram surpresos e numa situação desconfortável» , conta a mesma fonte.

Para além dos ordenados, a Altice já fez chegar à Plural que «os orçamentos das novelas vão ser reduzidos. E as viagens para o estrangeiro vão ser muito selecionadas e reduzidas.»

Recorde-se que “Condição Humana” está a ser preparada a contra-relógio de forma a fugir das novas normas da Altice. A trama de Artur Ribeiro vai contar com gravações em Macau e no Vietname. Também “A Herdeira” vai contar com gravações no México e em Vigo.

Estas duas produções foram aprovadas pela TVI e pela Prisa, antes da entrada da Altice nos comandos.