Conheça as personagens de “A Impostora” [com fotos]

Gustavo Martins [Diogo Amaral]

É um fotojornalista de guerra, destemido e sem medo de nada, cuja paixão é estar no meio das situações de conflito para que, através das suas fotografias, as possa denunciar ao mundo. É um homem duro, quase amargo, marcado por toda a miséria humana que já viu. Mas nada o faz desistir do seu trabalho. A não ser quando sofre um acidente num campo de refugiados e fica cego, o que o torna incapaz para a profissão. Isso torná-lo-á ainda mais amargo. Irmão de Diana, foi criado por esta quase como um filho, já que perderam os pais quando Gustavo ainda era bebé. Namora com Felipa Lancastre, oriunda duma família aristocrática do Porto, por quem é apaixonado, mas que afastará da sua vida quando perder a visão. Aliás, nessa altura, afastará todas as pessoas de si, pois não quer ser um peso morto para ninguém. Mal sabe que o coração e as emoções o podem trair.

Jacinto Mendes [João Perry]

Pai das gémeas, Vitória e Verónica, é um antigo professor de geografia, já reformado e profundamente solitário, ainda que não admita explicitamente essa solidão. Vive sozinho, pois, desde que emigraram, as filhas não mantêm qualquer contacto com ele. Teve problemas de alcoolismo no passado e, por causa disso, vê a cunhada Lucrécia apontar-lhe crimes terríveis. Aliás, vive em permanente conflito com a cunhada, sendo Edmundo, amigo de ambos, o fiel da balança que tentará equilibrar aquela relação de grande conflito. Como tem uma reforma pequena e sobretudo para ter companhia, arrenda um dos quartos de sua casa a Quitó, um jovem em busca duma vida melhor, com quem tem uma relação de quase pai e filho. O regresso da filha a Lisboa com o neto vem acentuar os conflitos do passado. Tudo fará para se aproximar de Verónica, mesmo achando que é Vitória, até porque Jaime conquistará o seu coração e será o seu ponto fraco.

Edmundo Gaspar [Nicolau Breyner]

Homem bem-disposto e conciliador, é um antigo retornado de Moçambique, nostálgico daquela terra, onde viveu tempos muito felizes. Regressou a Portugal após o 25 de Abril, trazendo consigo a filha bebé da sua amiga Lucrécia, que acabaria por lhe falecer nos braços a bordo do avião. Isso traumatizou-o e sente uma dívida permanente com Lucrécia, de quem é muito amigo e de quem faz questão de cuidar. Também é amigo de Jacinto e, como tal, tenta sempre pôr um travão no fogo cruzado entre Lucrécia e o cunhado, já que Jacinto e esta vivem em conflito permanente. Apesar de reformado, não tem paciência para estar quieto e, por isso, explora um bar no mercado de Algés, ponto de encontro de muita gente. Pai de Salomé, emigrada em Moçambique, incutiu na filha todo o seu encanto por África. Apesar da distância e da saudade, sabe que Salomé é feliz no continente africano.

Lucrécia Alves [Maria do Céu Guerra]

É uma mulher cheia de marcas do passado, dona de uma grande doçura e carinho, mas também de muita amargura, nomeadamente em relação aos tempos em Moçambique. Foi no voo em que mandou a filha ainda bebé para Portugal com Edmundo que acabou por perdê-la. Não culpa o amigo dessa fatalidade, mas vive com essa dor permanente no peito. Tia de Vitória e Verónica, dedicou-se às sobrinhas como se fossem suas filhas, até porque não suporta o pai delas, o cunhado Jacinto, com o qual vive em guerra constante e a quem acusa de ter cometido as mais diversas atrocidades. Mas ninguém lhe dá grandes ouvidos, até porque começa a revelar problemas mentais. É mãe adotiva de Lázaro, um jovem negro, que encontrou num caixote do lixo e pelo qual lutou durante nove anos, até conseguir a sua adoção. Explora o talho no mercado de Algés para dar uma vida melhor ao filho. E não verá com bons olhos o envolvimento deste com Guta, branca e rica. Sabe que as diferenças sociais ainda se impõem por mais moderna que a sociedade se diga. Quando Verónica regressa para Portugal e ainda que esta venha na pele de Vitória, sabe diante de quem realmente está, pois sempre foi a única pessoa, juntamente com a falecida irmã, que conseguiu distinguir as duas gémeas mesmo que estivessem quietas e sossegadas.

Lázaro Alves [Evandro Gomes]

Bem formado, estudante universitário, mas que se dedica ao grafiti, o que faz com que, algumas vezes, o confundam com um marginal. É um artista, idealista e sonhador, que vai perceber que os sonhos não põem comida na mesa e vai dedicar-se ao trabalho com afinco. Filho adotivo de Lucrécia, a quem adora de paixão, porque sabe o quanto a mãe lutou para conseguir a sua adoção. Ajuda-a sempre que pode no talho e preocupa-o a perda de memória progressiva por parte da mãe. Apaixona-se por Guta, uma jovem branca e rica do Porto, mas rapidamente ficará a saber que existe um mundo de diferenças a querer separá-los. E a prima de Guta, Beatriz, de quem se torna amigo, acaba por se apaixonar também por ele. Apesar de todas as adversidades, é daquelas pessoas que se conseguem manter íntegras e honestas.

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