Delfina Ribeiro (Ana Nave)
50-55 anos, empregada de limpezas, classe baixa. Cresceu na vila e começou, adolescente, a trabalhar com a mãe, nas limpezas. Teve uma filha, Tânia, com um bombeiro que a abandonou e nunca mais deu notícias.
Ganhar a vida a limpar o pó das casas ricas dos outros fez dela uma invejosa desmedida. Venenosa, intriguista e com um humor popular e corrosivo, inferniza a vida de quem se atravessa à sua frente.
A sua maior missão é casar bem a sua Cátia e se para isso tiver que lhe vender o corpo, ao menos que seja por uma conta recheada.
Elias Baptista (António Capelo)
58 anos, padre. Nascido numa família pobre do Norte, foi para o seminário ainda novo. Generoso, leal, divertido e cheio de energia, gere a vida pelos afectos e pelos valores morais da Igreja, embora às vezes com uma abordagem menos ortodoxa aos problemas que enfrenta.
Um misterioso episódio pessoal fê-lo rumar a Lisboa, onde conheceu e acolheu Pedro, que sempre tratou como um filho.
Optimista e dedicado, o seu maior foco é e sempre será a protecção de Pedro, escondendo a todo o custo a identidade da mãe e o segredo sobre o seu abandono.
Alcino Parracho (Rui Melo)
40 anos, padeiro, classe baixa. Filho de um padeiro, sonhou ser futebolista, mas o gosto pelo vinho e por arranjar confusão não deixaram.
Casou com a sua namorada de escola, com quem teve dois filhos, Girafa e Patrícia. No mais velho, projecta as glórias que não viveu dentro do campo, acreditando piamente que tem em casa o próximo CR7.
Resmungão e popular, é um homem a quem a vida maltratou, mas adora a mulher e só quer um futuro melhor para os filhos. Tem um bom fundo e os valores familiares bem vincados, ainda que, às vezes, toldados pelo tinto.
Alice Barros (Inês Aires Pereira)
34 anos, locutora de rádio, classe média. Não é muito ligada à família, mas é irmã de Felícia. Partilha casa com Magda, com quem tem uma amizade intempestiva e é o elemento conciliador do seu grupo de amigas.
Casamenteira de serviço, trapalhona e infantil, projeta nos casais à sua volta as paixões que nunca viveu. Romântica incurável, o seu maior sonho é partilhar com o mundo as suas composições, sob o pseudónimo de Laurinda, mas Alice tem pânico de palco, um medo que, combinado com a sua vulnerabilidade e insegurança, quase a deixa paralisada.