Conheça as personagens de “Prisioneira” [com fotos]

Mário Andrade E Sousa (Vítor Hugo)

De origens aristocráticas, Mário cresceu no Brasil para onde os pais se mudaram depois do 25 de Abril. Quando voltou parta Portugal, Mário travou conhecimento com Henrique Drummond, a quem prestou importantes serviços e de quem, como prémio, veio a tornar-se sócio.

Acabou por cruzar-se com Graça, advogada ambiciosa. Casaram-se pouco depois de se terem conhecido: constituíam o par perfeito: tinham sucesso profissional e financeiro.

Deste casamento, há 22 anos, nasceram dois filhos: Tomé, de 21 anos, e Gonçalo que morreu aos 19 num atentado terrorista.

Esta perda vai fazer grande mossa na relação do casal que, aos poucos, se vai separando, embora, por razões de conveniência, em momento algum ponha hipótese de se divorciar: Mário quer esquecer a perda do filho e retomar a sua vida; Graça quer vingança.

Graça Andrade E Sousa (Sandra Faleiro)

A família de Graça só veio para Portugal quando ela chegou à idade de ir para o ensino secundário. Tanto o pai como a mãe eram já segunda geração de portugueses em Moçambique e, no momento da independência, foram para a África do Sul onde penaram para refazer fortuna.

Amargurados com o que haviam perdido, não quiseram ficar na África do Sul para assistir, segundo eles, ao seu “declínio”. Graça cresceu neste ambiente saudosista de um passado que não volta e nunca perdeu a fé de vir a conquistar mais do que a família tinha outrora perdido.

Nesse ponto era muito parecida com Letícia com quem se dava lindamente apesar de a considerar um pouco estúpida. A sua beleza e a sua inteligência cativaram de imediato Mário e o casamento entre os dois parecia um sonho tornado realidade.

Graça sentia-se feliz, era bem-sucedida profissional, familiar e economicamente e, aos poucos, com as suas próprias redes de contactos, e as do marido, começou a aproximar-se da vida política, comentando em jornais e televisões a actualidade nacional e internacional.

A perda do filho preferido, Gonçalo, o benjamim, às mãos de terroristas transformou a sua vida por completo. A presença do outro filho, Tomé, era demasiado dura para ela, fazia-lhe sempre sentir a ausência de Gonçalo.

Enquanto Mário procurou respostas para o que tinha acontecido nos amigos, na família e num novo amor, Graça assumiu a luta contra o terrorismo como o seu principal objetivo de vida.

James Marques Farrell, um spin doctor afamado, viu nela a candidata perfeita a um alto cargo político e fez tudo para transformar a sua agenda política na dela. Apesar da sua inteligência, Graça foi demasiado inocente e manipulável nas mãos de James.

Tomé Andrade E Sousa (Tiago Teotónio Pereira)

Tomé carrega consigo um quase intransponível sentimento de culpa. No dia do atentado que vitimou o irmão mais novo, Tomé deveria ter estado a seu lado: um percalço fê-lo atrasar-se para o encontro e talvez Gonçalo não tivesse morrido se ele tivesse chegado a horas.

Tomé passou a sentir-se culpado da morte do irmão e se o pai, Mário, tentava a todo o custo que ele deixasse de carregar esse peso consigo, a mãe, Graça, não perdia uma oportunidade para “carregar” ainda mais nessa dor.

Tomé, o impecável aluno de gestão que um dia assumiria um papel importante na companhia do pai e de Henrique, fazendo o gosto de ambas as famílias, namorava com uma das gémeas Drummond, Beatriz. Mas tudo isso muda quando Glória entra na equação.

 

James Marques Farrel (Graciano Dias)

James, filho de pai norte-americano e mãe luso brasileira, politólogo, começou a sua vida profissional como conselheiro em campanhas eleitorais nos Estados Unidos.

Um insucesso profissional nos Estados Unidos aconselhou-lhe prudência e levou-o a mudar-se de armas e bagagens para Portugal onde não teve grande dificuldade em tornar-se famoso pelo brilhantismo das suas atuações.

Cruzou-se num debate televisivo com Graça pela primeira vez e, desde aí, os dois ficaram inseparáveis. Ela sentia que tinham as mesmas ideias, as mesmas ideologias, que poderiam quase ser almas gémeas.

Chegou a sentir-se atraída física e emocionalmente por ele. Ele sentia-se atraído por ela porque rapidamente percebeu que poderia usar as suas fragilidades em favor da sua própria agenda.

James, a quem não se conhecia vida familiar ou afetiva, estava disposto a tudo para pôr em marcha um plano próprio de conquista de poder. Usaria os meios que fosse preciso. Sem escrúpulos, sem remorsos e sem desvios de percurso.

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