Conheça as personagens de “Quer o Destino”

Joana Branco Reis (Marina Mota)

“O meu nome é Joana e nasci na Herdade da Lagoa, onde ainda hoje trabalho como cozinheira. Já a minha mãe teve o mesmo trabalho toda a vida. Toda a gente me gaba o tempero, mas acho que aquilo em que sou melhor é a ser mãe: tenho sido mãe dos meus dois rapazes, o Carlos Paulo e o Hugo Paulo, do João Santa Cruz e até do meu marido Alfredo, que é muito bom homem mas só pensa em cantar. Dizem que cá em casa quem “veste as calças” sou eu. Mas não ligo a isso. Faço só o que tem de ser feito.”

Lema de vida: Cortar a direito.

Alfredo Paulo Reis (Luís Esparteiro)

“Ora bem, eu sou o Alfredo Paulo Reis, nascido na Glória do Ribatejo há 59 anos, desde então a cantar o fado e há trinta e tal anos a cantar a beleza e a inteligência da minha Joana. Para mim, não há mulher como ela e, quando não estou com os copos nem distraído, e tenho pensamentos profundos, admiro-me: por que razão é que ela gostou de mim se eu sempre fui um bocado tonto… Deve ter sido por ser boa pessoa, porque, na verdade, isso ninguém me tira. Sou bom homem e gosto que gostem de mim.”

Lema de vida: Quem canta, seus males espanta.

Hugo Paulo Branco Reis (Rodrigo Paganelli)

“Boa tarde, eu sou o Hugo, sou explorado na Herdade da Lagoa desde que me conheço. Sou um jovem que foi à escola, tinha boas notas mas que teve de trabalhar desde criança para ajudar os pais. Não que eles me obrigassem… mas eu é que me sentia obrigado. Sinto-me muito revoltado quando vejo os Santa Cruz pendurados nos carrões e nos jeeps e eu, se quero, dou às pernas para chegar aos mesmos sítios. Sou lavrador, pastor, pescador, tosquiador, moço de recados… pau para toda a obra. O meu maior sonho é fazer um sindicato que defenda os interesses e os direitos dos “lagoeiros”.”

Lema de vida: A terra a quem a trabalha.

Elvira de Jesus Fonseca dos Santos (Ana Bustorff)

“Elvira de Jesus Fonseca dos Santos, prazer. Sou a governanta da Casa de Santa Cruz, da Herdade da Lagoa, onde vivo desde que a senhora dona Catarina de Santa Cruz se casou. Conhecemo-nos na juventude, em Escaroupim e a senhora foi sempre muito boa comigo… ela e o senhor engenheiro Bernardo, infelizmente já falecido, que era um lindo homem, muito atraente, com uma conversa de deixar uma pessoa de cara à banda, uma voz muito suave, quase sensual, e uma atitude muito carinhosa… pelo menos para mim. Parece que faleceu durante a noite, na cama… embora se diga que não foi na sua própria cama eu, Elvira de Jesus, nem tenho nada com isso, nem sei como tudo aconteceu. Se não estava presente, como é que posso dizer como foram as coisas?”

Lema de vida: Há mais marés do que marinheiros

Pages: 1 2 3 4 5