Conheça todas as personagens de “Vidas Opostas” da SIC [Fotos]

Beatriz Frazão
Beatriz Frazão é Lucinha

LÚCIA [LUCINHA] (BEATRIZ FEAZÃO) | ESTUDANTE / GINÁSTICA ARTÍSTICA | 14 anos

Posso parecer uma miúda como as outras, mas sou melhor do que elas. Mais gira, mais desenrascada, com lata para dar e vender e sim, sou um bocado convencida.

Tenho razões para isso. Na escola, os rapazes não me largam e as miúdas querem ser como eu. Até me imitam na maneira de vestir e falar.

Nasci cool, sou cool e mantenho-me cool. Saio à Eva. É o que o Joel diz. A mãe nem quer ouvir falar disso. Ainda bem, porque foi ela que me ajudou a ser a pessoa que sou hoje: Destemida, confiante e determinada.

Faço ginástica artística. Participo em competições nacionais e internacionais e tenho várias medalhas no meu quarto para provar que sou boa.

Tenho grandes sonhos na ginástica, por isso esforço-me e dou o máximo: sou super regrada com os treinos e nunca falto. Nunca pensei que isto fosse um problema até conhecer o David. É a Bia, a minha melhor amiga, quem mo apresenta. Ele acaba de se mudar para o apartamento ao lado dela e é top! Giro que dói, corpo espetacular, joga vólei de praia e o sucesso entre as miúdas é descomunal. A Bia vai ter um fraquinho por ele, mas azar!

O David é diferente de todos os rapazes que conheci. É confiante, rebelde, domina as cenas. Gosto disso. Vou fazer tudo para o conquistar.

Dinarte Branco
Dinarte Branco é Vítor

VÍTOR (DINARTE BRANCO) | FOTÓGRAFO DESPORTIVO | 54 anos

Nasci em Sintra e os meus dois primeiros amores conheci-os por volta dos 10 anos. Um nasceu quando o meu tio Armando me ofereceu a primeira máquina fotográfica.

O meu outro amor aflorou no dia em que meu pai me levou a ver o Sintrense jogar. Decidi ali que ia ser o próximo Eusébio! Infelizmente, descobri que tinha dois pés esquerdos e tive de recolher essa paixão para trás da objetiva.

Encontrei a minha vocação e passei a minha vida a trabalhar como fotógrafo desportivo.

Isso, no entanto, custou-me outro dos meus grandes amores: a Cecília. Começámos a namorar bem jovens e sempre pensei que teríamos um futuro juntos, até as nossas ambições nos travarem o caminho.

A Cecília era fascinada por moda e lutou por esse sonho, foi compensada ao tornar-se Miss Portugal! Fiquei orgulhoso, mas para mim as coisas não corriam tão bem.

Tirei o curso técnico de fotografia, mas o mercado de trabalho não me dava oportunidades na área do desporto, até que apareceu a proposta de ir para o estrangeiro.

Foi um choque quando a Cecília recusou ir comigo. Fiquei muito amargo… Até conhecer a Simone, uma mulher e atleta extraordinária, que me fez amar novamente, a ela e aos dois filhos maravilhosos que tivemos, a Maria e o Hugo.

O meu tempo com a Simone foi curto, tendo ela morrido num estúpido acidente de carro. A força fui buscá-las aos meus filhos e mudei-me com eles para o Luxemburgo.

Aos 40 anos dei por mim a precisar de um pacemaker, coisa que para a minha família, foi a origem de todos os problemas.

Comigo doente, o peso das responsabilidades abateu-se sobre a Maria, que tinha 20 anos. Se estou vivo hoje é graças a ela, mas isso custou-lhe o futuro e por causa de uma decisão ingénua, tivemos fugir para Portugal e recomeçar a vida sem dar nas vistas.

Encontrei algum sossego ao ver a minha filha novamente feliz: foi mãe de uma menina linda, a Alice, e encontrou um homem bom, que lhe é completamente dedicado e que nos ajuda a todos, o Marco. Pelo menos, era isso que pensava, até este homem nos trazer de novo a insegurança à porta.

Diogo Lopes
Diogo Lopes é Hugo

HUGO (DIOGO LOPES) |TRIATLETA/ CONDUTOR DE MERCADORIAS DA MUVV | 24 anos
A minha mãe Simone e a minha irmã Maria foram ambas grandes atletas. Adorava ver as pessoas a aplaudir a minha mãe e quando ela me punha a mim e à minha irmã a correr na pista com ela. Ela morreu tinha eu 6 anos e mudámo-nos para o Luxemburgo.

De um dia para o outro, o meu pai ficou doente, precisou de ser operado e o nosso estilo de vida mudou radicalmente. Voltámos para Sintra, uma terra que eu só conhecia da infância.

Não foi fácil. Tive problemas a adaptar-me na escola e não foi por acaso que me fiquei pelo 12º ano, eu e a minha irmã abandonámos os treinos e deixei para trás as minhas referências e amigos.

Comparando, a Maria perdeu mais do que eu, para cuidar do meu pai perdeu a hipótese de se tornar atleta profissional. Para mim, nem tudo está perdido, há um sonho que quero realizar: tornar-me o melhor triatleta nacional vencendo a prova mais dura do mundo, o Ironman.

Nunca tinha pensado em doping até ver a confusão em que o meu cunhado, o Marco, se meteu. O gajo era meu mano, mas enganou a minha irmã!

Vou ler sobre o assunto e concluir que o crime do Marco não é dos piores. Muitas das substâncias do doping já são produzidas pelo próprio corpo, tipo a testosterona.

Quanto a mulheres, os objetivos também estão definidos: gajas, muitas e variadas, sempre em rotação. Na escola eu era o eterno melhor amigo, mas as horas a ouvir desabafos ajudaram tanto como o ginásio, porque me ensinaram sobre o universo feminino e instintivamente comecei a saber como me comportar para as fisgar.

Vou-me divertindo, o problema é que há sempre uma louca que não quer perceber que o Tinder não é o lugar para se encontrar o amor, como a Joana. Ao princípio vai ser bom, como sempre, mas depois a miúda vai flipar e achar que isto é mais do que é.

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