Conheça todas as personagens de “Vidas Opostas” da SIC [Fotos]

António Durães
António Durães é João (Trovão)

JOÃO [TROVÃO] (ANTÓNIO DURÃES) | DONO DA PASTELARIA | 59 anos

A pastelaria que herdei do meu pai vai de vento em popa. Partilho-a com o meu primo, o outro herdeiro e sócio.

O segredo do nosso sucesso é a Ribombinha. Um doce que o meu tetravô inventou e cuja receita passa em segredo de pais para filhos assim que fazemos 65 anos.

Atualmente, só eu e o meu primo sabemos a receita e um dos procedimentos de segurança para garantir que esta passa de geração para geração é garantir que nunca viajamos no mesmo carro, ou no mesmo avião.

Se morrermos os dois, a Ribombinha acaba. Bom, eu vou completar 65 anos e está na altura de passar a receita adiante. A minha filha, nem sequer sabe fritar um ovo e, além disso, está emigrada na Austrália…portanto resta-me a minha neta, que é pasteleira como eu.

Contudo, a vida dá muitas voltas e com a ausência do meu primo e os nervos, acabo por me esquecer da receita antes de conseguir passa-la à minha neta.

Se vou voltar a amar outra mulher? Não sei. A Leonor é uma boa amiga e no futuro poderá tornar-se mais que isso. E depois há a Mariana, que me dá a volta à cabeça.

Com esta idade ainda me faz o coração bater mais depressa…

Daniela Marques
Daniela Marques é Beatriz (Bia)

BEATRIZ [BIA] (DANIELA MARQUES) |ESTUDANTE | 15 anos

Para a minha mãe sou linda, perfeita, maravilhosa… Mas qual é a mãe que não acha a filha linda? O problema é que a minha vai ultrapassar todos os limites. Acha que eu tenho potencial para ser top model.

Ao início não vou ligar, mas ela está mesmo convencida que ser modelo é o meu futuro. Não é, nunca poderia ser, eu sou tímida, introvertida, envergonhada… não sei o que são uns Louboutins, nem quero saber. Eu quero ser ginasta. E apesar de a competição me desafiar e me dar a confiança que preciso, é ela que vai pôr a nu toda a minha insegurança.

Na ginástica vou conhecer a Lucinha, vai ser a minha melhor amiga e tornar-se, mais tarde, na minha maior inimiga.

Entretanto, vou conhecer uma pessoa que me vai fazer sentir no paraíso. Ele chama-se Miguel e tem 16 anos. Nós vamos conhecer-nos numa aplicação de encontros, à qual eu vou ter muitas reticências em aderir mas, depois das insistências da Lucinha, vou acabar por ceder.

Depois de algumas conversas, vamos marcar um encontro… A minha mãe vai ser a primeira a lançar o alerta sobre o meu comportamento.

Henrique Mello
Henrique Mello é David

DAVID (HENRIQUE MELLO) | ESTUDANTE |16 anos

Qual é o adolescente que gosta de mudar de casa e ser arrancado do seu círculo de amigos? Mesmo que seja para viver num condomínio com piscina e campo de ténis. Nenhum!

Preferia ter ficado a viver na praceta, em Sintra. Por isso vou chegar à casa nova contrariado. A minha mãe mudou-me de escola e tudo porque a outra agora fica fora de mão.

Não me apetece ir às aulas, não me apetece conviver, não me apetece jogar vólei de praia nem fazer desporto – que é uma coisa que me dá pica e na qual sou bom. Já bastava ter de enfrentar a ausência do meu pai, que está preso.

Quando ele foi preso lembro-me bem da vergonha que foi. Chumbei o ano e tudo. E depois, começaram as ausências. Já não era ele que me levava aos treinos de vólei, nem à escola.

E nos Natais começou a sobrar um lugar. Passaram dois anos e agora já me habituei. Só posso contar com a minha mãe. Coitada, ela faz tudo para que eu me sinta melhor e eu às vezes trato-a mal. O papel dela é lixado, mas eu sinto-me revoltado com estas cenas todas. Já imaginaram as tangas que tenho de dar quando me perguntam pelo meu pai?

Ninguém merece passar por isto. Ele era o meu herói e, de repente, transformou-se no gajo mais miserável que conheço.

Os primeiros tempos na nova morada vão ser uma grande prova de fogo. Vou estar enfiado em casa, a jogar virtualmente com os meus amigos da praceta.

A Bia, uma vizinha da minha idade, vai entrar numa missão para me integrar na escola. Mesmo assim vou sentir-me perdido. Mas as coisas vão melhorar quando conhecer a Lucinha. Ela é linda, divertida, descontraída e adora desporto – como eu!

Vou conhecer o Caio e voltar a jogar vólei de praia. Mais tarde, quando o Tomás chegar a Lisboa, vamos aproximar-nos e formar uma dupla de vólei de praia.

Nuno Janeiro
Nuno Janeiro é Bernardo (Benny)

BERNARDO [BENNY] (NUNO JANEIRO) |JOGADOR DE VÓLEI / COZINHEIRO | 37 anos

Nascido e criado em Sintra. Considero-me um tipo normal, trabalhador, justo. Desportista desde que me lembro, sou bastante físico, musculado, atraio a atenção de mulheres e homens, mesmo que não queira.

Tenho encontros ocasionais com mulheres, mas sempre longe da vila e fora do meu ambiente. Não tenho tempo para relacionamentos. Depois da Andreia, deixei de confiar nas mulheres.

A única que se escapa é a Maria. Foi a minha primeira namorada, depois do divórcio, mas as coisas não resultaram e o fim da relação foi uma decisão mútua. Continuamos amigos e, com o passar dos anos, confidentes.

Conheci a Andreia quando ela inscreveu o pai na agência de matrimónios da minha mãe. Queria encontrar uma namorada para o pai, que era um solitário e, além de achar que era a miúda mais querida do mundo, também a achei a mais gira.

Começámos a namorar e numa noite que não tomámos precauções, engravidou. Disse-lhe que casávamos e pronto. Fomos felizes até ela se apaixonar pelo meu irmão. Foi um golpe muito grande, senti-me partido em dois.

Ela queria deixar-me, levar-me o filho, mas eu não deixei. Nunca mais a deixei aproximar-se do meu filho. Foi há dez anos. Nunca mais quero ouvir falar daqueles dois.

Sou um bom pai. Faço tudo para que nada falte ao Tito. Quando ele nasceu, vendia bolas de Berlim na praia para pagar as contas. A minha mãe também me ajudou, mas o filho era meu e a responsabilidade também. Isto para dizer que aceitava qualquer biscate, desde que tivesse tempo para os meus treinos de voleibol.

Hoje sou jogador profissional e faço parelha com o Caio, meu parceiro há mais de cinco anos. Somos profissionais em fim de carreira, mas temos o sonho de chegar às Olimpíadas de 2018.

Sonho que irá por água abaixo, quando o Caio sofrer uma lesão num dos jogos de apuramento. Ele vai ficar devastado e eu vou ajudá-lo no bar de praia, não podia ficar de braços cruzados. Como sempre adorei cozinhar, é lá que vou experimentar as minhas receitas e vou acabar por me dedicar à culinária de corpo e alma.

Primeiro, vou começar um pequeno negócio de comida para fora, mas as coisas só irão ganhar asas quando a Mónica, a melhor amiga da Maria me começar a ajudar. Juntos vamos formar uma dupla imbatível. Como eu era com o Caio, mas agora, num jogo diferente.

“Vidas Opostas” estreia a 9 de abril na SIC.

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