Conheça todo o passado e os segredos de Yara, a grande vilã de “A Impostora”

É uma mulher negra, chique, elegante, requintada, conhecida como uma das pessoas mais poderosas e influentes de Moçambique. Tem dinheiro que nunca mais acaba, presidindo a um consórcio, a MZ, da qual é sócia maioritária, além de ter uma cadeia de resorts e hotéis de luxo espalhados um pouco por toda a parte.

Casada com Ricardo Varela, nunca amou o marido. Casou com ele por ser apenas um homem duma família de prestígio. O seu grande amor é o seu sócio, Samuel Matshine. Os dois foram namorados no passado, mas as famílias não permitiram o casamento de ambos. Nunca esqueceu esse momento.

Mantém uma relação extraconjugal com Samuel e projeta na filha, Marta, o desejo de a ver casada com o filho de Samuel, como se assim pudesse concretizar, ainda que de forma indireta, o seu grande sonho de amor.

Acontece que Marta odeia negros, a começar pela própria mãe. Na verdade, a filha é o seu único ponto fraco, ainda que não o admita.

Não nasceu rica. Muito pelo contrário. Mas todas as humilhações da infância a tornaram numa mulher determinada, decidida e obstinada. É fria, implacável, calculista, que gere os negócios com pulso de ferro e afasta os seus inimigos do seu caminho sem qualquer piedade.

Yara tem um passado doloroso e vários segredos. A revista Maria revela o que esconde esta, que é a grande vilã de “A Impostora”.

A Impostora
A Impostora

A história recua no tempo, na década de 70. Oriunda de uma família pobre, ela teve uma infância difícil e viu a mãe morrer à sua frente! Nessa altura, Henrique vivia em Moçambique. Rico e prepotente, proporcionava uma boa vida à família, mas era autoritário e implacável com os empregados.

Um dia, ela viu dois capangas do patrão levarem à força a sua mãe para uma carroça e tentou defendê-la. Levou uma bofetada que a deixou a sangrar do nariz. Depois, Henrique mandou queimar a casa da mãe de Yara, fechando-a lá dentro! Em lágrimas, a menina assistiu, horrorizada, ao crime.

Durante anos manteve este segredo fechado a sete chaves, mas, em breve, num momento de raiva, a empresária vai revelar a Rodrigo toda a verdade, para lhe provar que Henrique era um homem de má índole. A chorar, promete só descansar quando vingar a morte da mãe.

Outro segredo da vilã tem a ver com o facto de não ter apenas uma filha. No passado, Yara foi mãe de um menino, mas renegou-o!

Recorde-se que, na juventude, ela apaixonou-se perdidamente por Samuel. Os dois chegaram a namorar, mas nunca casaram por imposição da família Matshine. Seguiram caminhos distintos, mas foram amantes durante décadas. Porém, a empresária nunca esqueceu que foi preterida: «Fizeste a tua opção há muitos anos. Esse assunto morreu há anos.» Nem quando Samuel ficou viúvo ela lhe deu hipótese: «Tiveste a tua oportunidade no passado e desperdiçaste-a e eu prefiro que não toques mais nesse assunto.»

De facto, existe um forte motivo para Yara querer enterrar o passado. A revista Maria descobriu que o filho renegado é Raul (Celso Roberto), que irá entrar brevemente na história.

Após uma temporada a trabalhar nas minas, o mecânico volta ao Ximbengo para morar com a mãe adotiva.

Disposto a enfrentar a empresária, que declarou guerra à sua família, Rodrigo embarca para Moçambique e chega ao caniço, onde descobre Noémia, que tem informações cruciais. Trata-se nada mais nada, menos do que da mãe de Raul. Sentindo-se encurralada, a mulher tenta convencer o filho adotivo a deixar o Ximbengo, sem avançar com mais explicações. Desconfiado, o mecânico não compreende o medo…

Entretanto, ocorre uma tragédia no caniço após uma visita de Yara a Noémia. A casa da mulher é incendiada e Raul perde a única mãe que conheceu na vida. Na igreja, os populares apresentam as condolências ao mecânico. Ao ver Yara entrar, ele acusa-a de ter assassinado a sua mãe!

Revoltado, grita que a empresária lhes ofereceu dinheiro para saírem do caniço. Nervosa, ela abandona a igreja, mas paralisa à entrada ao ver vários moradores com pedras na mão. Receando ser apedrejada, pede ajuda a Raul, que lhe vira costas e volta a entrar na igreja. Entretanto, chega a Polícia, que escolta Yara. Abalado, o mecânico diz ao padre Francisco que a dona da MZ terá de pagar pelo que fez.

Embora no incêndio que deflagrou no Ximbengo a intenção fosse matar Raul, quem morre é Noémia. Este trágico desfecho revolta o mecânico, que ganha ódio a Yara.

Cansado das ameaças da ex-mulher, Ricardo tenta virar o jogo a seu favor e lança uma bomba ao revelar o segredo que vai mudar o rumo da história. É ele que vai contar ao mecânico que é filho de Samuel e Yara!

Incrédulo, o rapaz nem quer acreditar que foi abandonado em bebé, tendo sido renegado pela dona da MZ.

Ricardo consegue manipulá-lo, ao ponto de convencê-lo a embarcar para Lisboa, para confrontar os pais biológicos.

Nesta fase, Samuel e Yara encontram-se em Portugal para assistir à inauguração do hotel de Rodrigo. É precisamente nesta noite de festa que o sócio da MZ é assassinado.

Verónica é acusada e presa por homicídio, mas está inocente. São vários os suspeitos do crime, mas o que ninguém sabe é que Raul mata o próprio pai!

Revoltado, ele entra no quarto de Samuel, que não o recebe bem. Os dois têm uma forte discussão, que acaba com o empresário a chamar-lhe oportunista, julgando que ele apenas quer apoderar-se da sua fortuna.

Abalado, Raul pergunta por que o renegou, tal como Yara. A tensão cresce de tal modo que o mecânico perde a cabeça e ataca-o com violência. Embora não seja essa a sua intenção, acaba por matá-lo. Assustado, foge do quarto sem que ninguém o veja.