Episódio 17
Carla indigna-se com os taxistas por aceitarem de forma passiva que o patrão lhes retire o subsídio de refeição. Paulo quase nem lhe presta atenção mas sempre lhe diz que não vale a pena reclamar. O pior é quando vai todo lampeiro tirar um café da máquina e ela não lho dá. Paulo desata a bater na máquina e Lurdes intervém, informando que o patrão também não vai comprar mais café e que quem quiser cafeína que vá ao café da esquina. Paulo insurge-se de forma veemente contra a medida do patrão e sobe para cima de uma caixa e grita que enquanto não houver café, os taxistas estão em greve. Os colegas apoiam e Lurdes fica muito preocupada, percebendo que agora a situação é séria. Carla fica espantada com a reação daqueles que há segundos criticava.
Eduardo e Otília comentam o recuo de Rodrigo e ela reafirma que se o filho se esquecer de pedir o divórcio à mulher quando ela estiver restabelecida, eles ali estarão para lhe lembrar. Eduardo sorri com ironia quando se fala das decisões que o filho deve ou não tomar. Questionado pela mulher, Eduardo conta que o irmão não deve ter muito mais tempo de vida, por ter apanhado uma infeção. Laura pede desculpa por não conseguir verter uma lágrima por Fernando, pois continua a culpá-lo pela morte de Rita. O concerto de Tatiana e Nuno é um verdadeiro êxito e Marta agradece a Laura e Manuel por terem participado. Ele lamenta não poderem dar mais dinheiro mas justifica-se com os tempos que atravessamos. Ana fica atrapalhada mas Daniela socorre-a perguntando-lhes porque estão tão interessados nisso e se já contribuíram com algum donativo para a menina doente. Os irmãos ficam encabulados, percebendo-se o quanto são sovinas. As raparigas aproveitam para lhes escapar.
Luísa confessa a Rodrigo que sente grande orgulho nele, pois enfrentou a mãe para ficar ao seu lado. O marido faz um esforço enorme para dar a entender que é mesmo isso que quer e que respeita a opção que ela tomou de não prosseguir os tratamentos de fertilidade para engravidar. Luísa diz que o ama e sempre amará e Rodrigo, que não consegue retribuir, limita-se a beijá-la para manter a face.
Susana reage com incredulidade, depois de Marta revelar que o banco não aceitou Bela e Filipe como fiadores e que, por consequência, não emprestará o dinheiro necessário para a operação de Bia. Marta justifica que não disse nada para não a preocupar ainda mais e que agora lhe resta como solução pedir um crédito pelo telefone, desdobrando-se a trabalhar para pagar os juros que são altos. Susana controla-se e não recrimina a mãe, chegando mesmo a dispensar-lhe um sorriso de conforto. No entanto, depois de ela virar costas, adota uma postura muito séria e nervosa. É assim que vai ao quarto observar a irmã, que dorme profundamente.
Elvira e Tatiana concordam que a noite de fados correu lindamente e a rapariga mostra-se entusiasmada com a possibilidade de continuar atuar com Nuno. A mãe nem quer ouvir falar do assunto e diz que o que ela tem de fazer é preparar o café para abrir as portas aos clientes, em vez de andar a arrastar a asa ao pianista. Tatiana não se mostra nada recetiva em desistir dos ensaios.
Bela insiste com Henrique para largar o jogo que está a jogar no telemóvel. Só Filipe consegue demover o miúdo, quando lhe conta que tem um amigo que também vai estar na mesma praia que eles e que lhe vai pedir para os ensinar a fazer surf porque é professor. Henrique fica entusiasmado, embora Bela recomende cuidado. Depois do filho se ir despachar, Bela assegura que é nesse dia que vai conversar a sério com Paulo, determinada a repreendê-lo por não educar o filho convenientemente.
Beatriz está ansiosa para ir para a praia e queixa-se de que Filipe e Henrique nunca mais chegam. Logo de seguida pergunta à mãe se demora muito a ser operada e se depois não vai poder ir à praia. Marta fica comprometida e Susana muito circunspecta. A tensão da conversa só alivia com a chegada dos amigos.