Entrevista a Rui Melo: «O núcleo cómico de “Os Nossos Dias” tem potencial dar uma série»

Rui Melo dá vida a um dos taxistas de “Os Nossos Dias”, a novela de hora de almoço da RTP1. O actor que integrou formatos como “Laços de Sangue”, “Jura”, “Resistirei” ou “Floribella” fala ao Zapping sobre a sua personagem, a comédia e a sua nova peça de teatro.
Numa conversa animada, comenta ainda o taxismo, uma realidade com a qual contactou bem de perto.
Um actor bem-disposto que se submeteu ao Zapping!

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Zapping: Terminadas as gravações de “Os Nossos Dias”, que balanço faz deste projecto?
Rui Melo:
 Apesar de cansativo, foi muito bom. Tive a oportunidade de fazer o que gosto e de trabalhar com pessoas que já admirava. Além disso, tivemos a sorte, e um pouco de mérito também, de funcionarmos muito bem enquanto núcleo. Desde as primeiras leituras, ainda antes do início das gravações, que percebemos que o núcleo dos taxistas ia funcionar.

Z: Sente que o horário da novela prejudicou o sucesso da trama?
RM:
 O horário era o previsto desde o início. Não me parece que uma novela que tem uma audiência superior ao esperado seja menos que um sucesso.

Z: Que momentos recorda com maior saudade?
RM:
 Foram muitos, felizmente. A equipa era fantástica. A responsabilidade do sucesso deste núcleo específico, onde estava integrado, é de toda a equipa. Muitas das cenas eram melhoradas com as sugestões de todos os que estavam presentes em estúdio e isso é maravilhoso. Tornou tudo mais fácil.

Z: O que ficou a saber sobre o taxismo?
RM:
 É curioso como a expressão “taxismo”, que surgiu por brincadeira, acabou por vingar. Entre outras coisas, fiquei a saber que os verdadeiros taxistas não passam tanto tempo nas salas de convívio como nós na “Imperial Táxis”. Condicionalismos da ficção.

Z: O seu núcleo deu origem a uma peça de teatro. Acha que uma série poderia ser o próximo passo?
RM:
 Acho que tem potencial suficiente para isso.

Z: Ultimamente tem dado vida a várias personagens cómicas. A comédia é o seu forte?
RM:
 Não sei se “forte” será o melhor adjetivo. Prefiro dizer que é um registo onde me sinto confortável.

Z: A SP Televisão já é a sua segunda casa?
RM:
 Como diz a canção do Arnaldo Antunes “A nossa casa é onde a gente está…”

Z: Agora está em cena com a peça ‘Pobre Milionário’, o que nos pode contar sobre este projecto?
RM:
 Foi um convite feito pela UAU que muito me honrou. Ter a oportunidade de fazer um texto deste autor, integrar este elenco e ser dirigido por este encenador é um privilégio. Podem saber mais informação aqui: http://www.uau.pt/espetaculos/1377/pobre-milionário

Z: Este vai ser um ano de descanso da televisão?
RM:
 Do que de mim depender, não.

Z: Que personagem gostava de interpretar a seguir?
RM:
 Qualquer uma, desde que estimulante.

Z: Perguntas Rápidas:
Maior Vício… dormir
Livro/Filme/Música/Série Favoritos… Vão mudando mas, de momento, Capitães de Areia (Jorge Amado) /Her/ Soledad (Jorge Drexler)/ Breaking Bad
Na TV não dispenso… O botão ON/OFF
A pessoa que mais admiro é… impossível escolher apenas uma, felizmente.
Não vivo sem… espaço
Não saio de casa sem… fazer uma festa ao meu cão
Um dia corre bem quando… consigo dormir bem na noite anterior

Z: Pergunta Final: A sua vida dava uma novela porquê?
RM:
 A minha vida não dava uma novela.

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Entrevista: Ricardo Neto
Revisão: Margarida Costa