Graziella Schmitt pretende continuar a trabalhar por cá depois de “Belmonte”

Graziella Schmitt é a protagonista de “Belmonte”

Graziella Schmitt é um dos destaques de “Belmonte”. Desconhecida para a maioria dos portugueses, a Paula da novela da TVI dificilmente passa anónima nas ruas.

A atriz está a gostar da experiência de gravar em Portugal. A personagem ajuda. «Estou muito feliz. Gosto imenso da história e estou apaixonada pela personagem. É muito rica. Há sempre algo intenso a acontecer na vida da Paula», conta à Correio TV.

O elenco que a rodeia é também um dos pontos que enumera para justificar a rápida adaptação ao nosso país. «Adoro o elenco. São pessoas que admiro muito e sempre mais a cada dia que passa», conta.

A sua mãe na novela da noite da TVI tem sido o seu maior pilar, numa relação que ultrapassou os limites de “Belmonte”. «No primeiro fim de semana que passei em Lisboa, ela [Manuela Couto] levou-me a jantar com a família e a assistir à estreia de “A Gaiola Dourada”. Dou-me muito bem com a Carla Galvão. Estou superenturmada e muito feliz», relata.

Apesar de ser brasileira, Graziella Schmitt não conhecia a zona do Pantanal. Obrigada a gravar naquela zona do Brasil, a atriz conta que a viagem acabou por se revelar indispensável: «Não o conhecia apesar de ter viajado muito pelo Brasil. Gravei lá cenas muito fortes, como a morte do meu pai. Foi ali que a Paula fez parte do luto e conheceu o João. Ter estado no Pantanal foi imprescindível para construir a minha personagem, que passei a entender de outra maneira».

As diferenças entre fazer novela em Portugal ou no Brasil não são muitas na opinião da profissional: «As diferenças moram apenas no lado cultural, porque portugueses e brasileiros são diferentes. O ofício é o mesmo», diz, acrescentando que «No Brasil gravamos também ao sábado, mas a carga horária diária é menor. Lá gravam-se umas nove horas e meia por dia, enquanto em Portugal se gravam doze».

Depois de terminar as gravações de “Belmonte”, Graziella Schmitt afirma que «Gostaria de manter a ponte Brasil/ Portugal. Estou a gostar muito de trabalhar com os portugueses. Têm um respeito muito grande pelo que fazem. Estou a adorar conhecer o trabalho dos meus colegas e estou cada vez mais curiosa. E não vou acabar este trabalho com o desejo saciado!».

Apesar do desejo, a atriz está avisada: «Parece mais fechado [o universo televisivo], mas temos o Ricardo Pereira, o Paulo Rocha… Disseram-me que Portugal é mais difícil, restritivo para os atores brasileiros. Os brasileiros que me conhecem estão superentusiasmados, pensando que estou a abrir caminho para trabalharmos mais em Portugal na TV».

À Correio TV a protagonista de “Belmonte” recorda ainda “Avenida Brasil” como o grande marco em termos de novela: «Excecional. Vai ser difícil fazer outra novela igual. É uma obra genial onde todos os atores estavam muito bem, com um texto muito bom, boa realização… Houve um encontro perfeito. É difícil, mas não impossível, fazer um projeto igual. Admiro muito o Emanuel Carneiro [autor], que pode surpreender-nos de novo».