Impresa obtém os melhores resultados desde 2007

O grupo Impresa, proprietário da SIC, fechou os primeiros nove meses do ano com um lucro de 2,6 milhões de euros, um resultado que compara com o prejuízo de 3,6 milhões verificado no mesmo período do ano passado.

Em nota publicada, a Impresa informa que na base desta evolução – que representa o melhor resultado do grupo nos últimos seis anos – esteve sobretudo a combinação do aumento de 1,1% nas receitas do grupo, para €169 milhões, e a quebra de 3,2% nos custos operacionais da empresa, que recuaram para 149,9 milhões.

O aumento nas receitas foi impulsionado pelo acréscimo de 35,8% – para €34,1 milhões – na categoria de “outras receitas”, que inclui os proveitos gerados pela área multimédia. Nos restantes itens de receitas, a publicidade caiu 4,9%, a subscrição de canais recuou 1,1% e a circulação dos títulos impressos perdeu 11%. Ainda assim, as receitas publicitárias recuperaram 9,6% no terceiro trimestre do ano.

A área de televisão, que concentra o universo SIC, foi a que teve um melhor desempenho entre janeiro e setembro, com um aumento de receitas de 7,4%, para €123 milhões. Na área de publishing, as receitas caíram 10,7% para €45,5 milhões.

O EBITDA do grupo situou-se nos €19 milhões, o que traduz um aumento de 56,7% face aos primeiros nove meses de 2012. A dívida líquida do grupo foi reduzida em 9,4%, para €198,4 milhões, fruto de um abatimento de €20,5 milhões comparativamente a setembro do ano passado.

Na análise a estes resultados, o CEO do grupo Impresa, Pedro Norton, considerou, em comunicado, que estes números provam o acerto da estratégia da empresa no passado recente, sublinhando que a empresa «nunca fugiu à responsabilidade das decisões difíceis» em alguns dos anos «mais difíceis de sempre do nosso sector».

«O que julgo que começa agora a ficar mais claro é que a Impresa, sem esperar pela inversão do ciclo económico, iniciou em paralelo um caminho de crescimento sustentado. Primeiro em quota, depois em rentabilidade, agora em faturação, o que poucos esperariam», diz ainda Pedro Norton.Embora sublinhe que «obviamente nada está ganho», o CEO da Impresa alerta que o grupo está «no princípio e não no fim de um longo caminho».

«Mas a verdade é que o trabalho começa a dar frutos e o mercado reconhece isso mesmo – a Impresa foi este ano uma das empresas que mais subiu em bolsa, 155% desde o início do ano. A nossa obrigação é pois continuá-lo com a mesma determinação de sempre», defende.