Luís Cunha Velho explica a opção por adaptações latinas e adianta que estratégia pode ser para continuar

TVI

Depois de largos anos a apostar em textos 100% nacionais, a TVI decidiu voltar a comprar guiões de novelas e adaptá-los à realidade portuguesa.

“Belmonte” terá sido a primeira incursão depois de alguns anos e segundo a imprensa da especialidade outras se devem seguir. “Dónde está Elisa?” e “El Ultimo Matrimonio Feliz” estão referenciados como prováveis produções num futuro próximo.

Alguns setores da Plural, produtora de novelas da Quatro foram críticos quanto ao regresso às adaptações e recentemente foi a vez de André Cerqueira também considerar que esta medida vai ter um custo e que a «identidade portuguesa está a perder-se».

Depois de algumas críticas à novela mais vista da TVI e uma das mais vistas da televisão portuguesa, Luís Cunha Velho decidiu intervir e explicar o porquê desta opção.

À TV7Dias, o responsável pela grelha da Quatro diz que «a TVI está a adaptar formatos internacionais, coisa que já fez no passado». Luís Cunha Velho vai mais longe e explica que «uma adaptação é pegar num formato de sucesso internacional, trazê-lo para Portugal e adaptá-lo, com um ou vários autores a pegarem nesse guião e a materializarem depois na produção portuguesa uma obra que foi feita internacionalmente».

O diretor da TVI diz ainda que nada é literal e não se trata de uma tradução: «Há sempre uma grande diferença» entre o original e o que a estação de Queluz exibe depois de tratar o texto.

O caminho que está a ser traçado não vai ser interrompido. «Se a melhor história que precisarmos no momento é um original estrangeiro, não tenho qualquer problema em ir buscá-lo», diz, acrescentando que «a TVI tem bons autores portugueses e eu estou muito satisfeito com eles em originais e adaptações estrangeiras».