Luís Esparteiro defede-se: «O meu compromisso com da Plural era restaurar a qualidade das ficções»

Luís Esparteiro

Onze meses depois de ter assumido o cargo de diretor de conteúdos da Plural, Luís Esparteiro deixou de colaborar com a produtora.

Apesar das críticas que lhe foram atribuídas, o também ator sai da empresa com o sentimento de dever cumprido.

«O meu compromisso como diretor de conteúdos da Plural era restaurar a qualidade das ficções, impor regras nas produções e recuperar o prestígio que as novelas da TVI já tiveram no passado», conta o ator à Noticias TV, acrescentando: «Eu cumpri os três pressupostos (…) cumpri o que me foi proposto».

Da Plural, fontes ligadas ao processo relevam há referida publicação que «ele criou alguns anticorpos na forma como exigiu o cumprimento de horários, escreveu cartas e e-mails a atores e às produções e isso deu-lhe uma aura de ditador.»

Esparteiro reconhece que «em termos de disciplina houve coisas que tiveram de mudar», e admite que só se queixou «quem foi afetado».

O ex-diretor afirma ainda sem rodeios: «Não me considero um homem rígido e cumpri os pressupostos do rigor e da disciplina».

Já da parte da TVI, fonte próxima revela que o ator criou alguns conflitos, o que «gerava por vezes mau ambiente.» Também a escolha dos elencos foi outros dos problemas que terão levado a esta rutura.

«Ele queria determinados elencos e depois a TVI não aceitava» e «havia atores escolhidos que eram agenciados pela sua mulher [Vanda Cordeiro]», diz um dos elementos da produtora.

Um dos casos mais notórios foi com a principal novela da noite, onde fonte da estação afirma que «grande parte do casting de “Belmonte” teve de ser revisto».

O ex-diretor de conteúdos reage e lembra que a discussão de elencos sempre foi uma pratica regular nas estações de televisão e que «é da discussão que nasce a luz».

Esparteiro argumenta ainda: «Eu validava ou não os elencos que eram indicados pela direção artística e pelo departamento de elencos. E eram reavaliados. A Plural fazia propostas e a TVI validava ou não. Não há, nem tem de haver um consenso absoluto, mas naturalmente o cliente era a TVI e eles decidiam».

O ator nega ainda que alguma vez tenha beneficiado a escolha de atores agenciados pela sua mulher: «Não queria compadrios, não queria cunhas na Plural e combati-as enquanto lá estive».

A escolha, finaliza, era deita com bese em atores que «beneficiassem o conceito do projeto» e sublinha que «nenhum ator agenciado pela Vanda foi sugerido» por ele próprio.