Manuela Moura Guedes arrasa atitude de Judite de sousa

Manuela Moura voltou a atacar Judite de Sousa

Judite Sousa e Manuela Moura Guedes voltam a estar, juntas, na ordem do dia e de novo graças a declarações da ex-responsável da informação da TVI em relação à atual.

Depois das graves acusações de censura, vindas da parte da jornalista da redação Ana Leal, Judite de Sousa enfrentou ainda a polémica relacionada com o facto de ter a da a sua Carteira Profissional de Jornalista desatualizada e exercer, mesmo assim, funções de direção.

A juntar-se a estes casos, surgiu ainda um outro fator desconfortável. A pivô do “Jornal das 8” foi recentemente vaiada na “Gala TVI 20 Anos”, que foi transmitida em direto pela estação no dia de aniversário. Judite de Sousa entrou em palco acompanhada por José Alberto Carvalho, diretor de informação do canal, e foi vaiada. Na situação oposta estava Manuela Moura Guedes, presente na bancada ao lado de José Eduardo Moniz, ex-diretor-geral da TVI. O casal foi aplaudido de pé e muitas menções diretas e indiretas, de índole elogiosa, foram proferidas por várias personalidades da casa que foram subindo a palco.

Depois destas polémicas e situações menos desconfortáveis, Judite de Sousa volta a estar no centro de uma polémica, graças às declarações d Manuela Moura Guedes. A atual subdiretora de informação da TVI moderou uma conferência entre banqueiros e essa atitude levantou várias dúvidas deontológicas junto dos colegas de profissão. Manuela Moura Guedes foi o rosto principal das críticas a Judite de Sousa.

À TV Guia desta semana, Manuela Moura Guedes não se coíbe de classificar a atitude de Judite de Sousa como «incompreensível» porque moderar uma conferência daquelas é uma atitude de «promiscuidade intolerável» e «não devia acontecer».

A ex-responsável da TVI vai mais longe e, à mesma revista refere que «as pessoas têm de assumir, perante aqueles que trabalham – que, no caso dos jornalistas, são os leitores ou espectadores – aquilo que se faz. Isto é o tipo de coisas que não se deve fazer. Tanto mais que se tratou de um banco, entidades de que damos diariamente notícias e que, como muito bem sabemos, são uma das principais causas da crise em que vivemos».

Manuela Moura Guedes não percebe como se pode participar « à porta fechada, em ações internas de bancos e que, depois, se entreviste mais tarde esses mesmos banqueiros» e ao mesmo tempo mandar na informação de um canal. Entretanto as justificações dadas pela Comissão de Carteira Profissional de Jornalista (CCPJ) que foram no sentido de «não existir incompatibilidade» desde que «o jornalista não receber qualquer honorário» não convenceram Manuela Moura Guedes. «Até é mais complicado que se diga que foi a título gratuito! Compreendo melhor que a um serviço prestado corresponda um pagamento. Assim, não sei a que irá corresponder esta boa ação. Por que carga de água é que um jornalista aceita fazer um favor – porque é disso que se trata – a um banco? Porque gosta muito dos bancos?», questiona a antiga mulher forte da TVI.

A ex-pivô do “Jornal das 8” considera ainda que a CCPJ teve uma atitude «inacreditável» e com grande «passividade». Para Moura Guedes este é um caso «exemplar daquilo que o jornalismo não deveria ser (…) independentemente de ser ou não uma participação gratuita. A troco de que é que se vai fazer aquilo? E se não houve uma retribuição ficou o quê? Uma dívida?».

A mulher de José Eduardo Moniz vai mais longe e ainda à TV Guia afirma: «Estou-me nas tintas que tenha sido gratuito… Aliás, de uma forma geral, há uma enorme falta de transparência e promiscuidade, uma hipocrisia que leva a que, pela frente, haja uma grande independência, mas que, por trás, tudo se passa…».

Manuela Moura Guedes garante que a atitude de Judite de Sousa causa «a maior das confusões» no público porque «não é aceitável que jornalistas que entrevistem banqueiros, deem notícias sobre bancos, estejam diariamente a falar sobre a conjuntura financeira do País – ainda por cima na atual –, não tenham o mínimo de pudor em prestar um serviço a um banco, à porta fechada, numa ação interna com os mais altos cargos dessa instituição».

Entretanto, também contactada pela revista TV Guia, Judite de Sousa preferiu emitir um lacónico «não faço comentários» e escusou-se a falar do caso.