“Mar Salgado”: «É melhor um vilão pluridimensional que um ‘herói’ insosso», José Fidalgo

SIC

José Fidalgo está de regresso às novelas com “Mar Salgado” e mais uma vez no papel de vilão, algo comum à esmagadora maioria das personagens da carreira.

Voltar a ser o mau da fita não aflige o ator: «É verdade que tenho feito muitos vilões, mas nada têm a ver uns com os outros. Cada vez mais a linha entre bons e maus esbate-se, como na vida. Os autores estão atentos a isso», referiu.

Ser protagonista não está nos planos de José Fidalgo, pelo menos de forma linear: «Não existe gente 100% boa em lado nenhum e não deveria existir na ficção. Fica irreal. Em “Mar Salgado”, tanto quanto percebi, esse é um papel que não existe. Eu não gostaria de ter uma personagem unidimensional e desse ponto de vista prefiro um vilão pluridimensional que um herói insosso».

Fidalgo e Margaria Vila-Nova voltam a estar frente a frente 8 anos depois. E se em “Tempo de Viver” eram companheiros de maldade, aqui estão em lados opostos. O ator vive Gonçalo e a atriz, Leonor. Namorados na adolescência, ele vai roubar os filhos de ambos e dá-os como mortos. Este reencontro é algo antológico: «Eu e a Margarida fomos cúmplices ao longo de vários meses, agora eu vou-lhe fazer uma maldade sem desculpas, logo no início, mas sei que a personagem dela não é nenhum pão sem sal e já estou a preparar-me para o que aí vem».

“Mar Salgado” promove ainda o encontro com Ricardo Pereira, com quem trabalhou em “Perfeito Coração” e Joana Santos, com quem dividiu várias cenas de “Dancin’ Days”. Este reencontro a 4 agrada ao ator: «Se pudesse escolher, não faria outra opção. Gosto muito de trabalhar com os 3 e o entrosamento é perfeito», conclui.