«O contrato obriga-me a estar na TVI, depois logo se vê», Manuel Luís Goucha

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Manuel Luís Goucha assume, numa entrevista à Notícias TV, que sempre quis a fama e que aprendeu da pior forma que é preciso trabalhar muito para lá chegar. Está há 20 anos ininterruptos no ar e assume que faz o que realmente gosta.

À revista o apresentador de 58 anos confessa que o seu sonho em criança era ser famoso. «Era um objetivo, sem dúvida idiota. É estranhíssimo que uma criança de seis anos diga que quer ser conhecida (..) Para mim ser conhecido era uma função para ter na vida, o que não faz sentido. Eu dizia que queria ser conhecido, e mais, tinha a certeza que a meta eram os aplausos e a fama».

Depois de alguns programas de culinária, de programas da tarde com Teresa Guilherme e do faraónico “Momentos de Glória”, o percurso do comunicador fez-se nas manhãs. Até Hoje. Primeiro com o “Viva a Manhã” e depois com o “Praça da Alegria”.

Da experiência na RTP ficam as boas memórias, a estaleca que obteve e a mágoa com a situação de Sónia Araújo. «A coisa não correu muito bem com a Sónia Araújo e fui muito injustiçado nessa altura. Mas compreendo que tenha sido porque interessava a quem estava à frente do programa diabolizar um bocadinho a questão. Eu não tinha que dividir protagonismo com a Sónia, ela não era minha parceira, foi contratada para ser minha assistente e para apresentar os momentos musicais. E isso faz toda a diferença. Quando dizem que não lhe dei protagonismo, é verdade, porque poderia ter dado mais», contou.

Já com Cristina Ferreira, na TVI, a divisão de protagonismo foi muito mais fácil. «Quando fui fazer o Você na TV não tive problema nenhum em dividir protagonismo. A Cristina foi contratada para ser minha parceira. Aliás, quem a conhece sabe que ela não alinharia noutra coisa, ela perguntou logo em que condições seria. É de igual para igual, disseram-lhe».

Manuel Luís Goucha vê-se, no entanto, a perder a companheira de quase uma década para a concorrência, se tal tiver de acontecer: «Que remédio, se isso um dia acontecer. Não há casamentos para a vida, nem profissionalmente. Há casamento duradouros, felizes, e este é felicíssimo. E é uma dupla que ainda tem muito para dar», refere.

Gabriela Sobral, directora de produção da SIC e Júlia Pinheiro, ditetora de conteúdos e apresentadora da mesma estação já referiram que gostavam de ter Goucha em Carnaxide. «Elas já disseram publicamente que gostavam de me ter a mim e à Cristina na SIC (gargalhada). O que me faria mudar? O desafio, o projeto. Tal como fez mudar a Júlia Pinheiro. Eu visto a camisola diariamente, na defesa de um produto em que acredite, tenho que ser feliz naquilo que faço, senão não consigo passar nada lá para casa. Sou muito exigente comigo e com a minha equipa. Tenho contrato, que me obriga a estar na TVI até 31 de dezembro de 2014, ainda falta muito, depois logo se vê…»

A pouca televisão que vê é gasta com política, informação, cultura e ficção: «Vejo tudo o que é debates políticos, tenho um fascínio pela política, vejo programas de viagens, vejo muita música clássica, e uma ou outra novela, não pela trama mas pelo trabalho dos atores. Comove-me ver uma Eunice Muñoz a interpretar bem, choro a ver bons atores, uma Alexandra Lencastre, uma Adriana Esteves em Avenida Brasil ou uma Christiane Torloni em Fina Estampa», termina.