Ousadia de “Gabriela” é uma das chaves do sucesso

A ousadia está presente em toda a obra de Jorge Amado

“Gabriela”, novela que lidera a segunda faixa de horário nobre na televisão portuguesa, está repleta cenas ousadas. Nudez e sexo aparecem em quase todos os capítulos da terceira versão para televisão do imortal romance de Jorge Amado.

As cenas em que Malvina (Vanessa Giácomo) e Gerusa (Luiza Valdetaro) perderam a virgindade com os namorados Rómulo (Henri Castelli) e Mundinho Falcão (Mateus Solano) não passaram despercebidas e prenderam 1 milhão e 400 mil espectadores ao pequeno ecrã.

Ao CM, José Wilker (coronel Jesuíno), que está em Portugal para participar em dois colóquios sobre a obra de Jorge Amado , revelou que é inevitável que o remake de “Gabriela” seja mais ousado do que o original de há trinta anos. «É um sinal dos tempos (…) Até porque o texto em que se baseia está repleto de sensualidade e erotismo».

Luiza Valdetaro, a Gerusa, diz «não ser simples fazer estas cenas, porque existe um desconforto». Ainda assim, garante ter visto o resultado e ter achado «esplendoroso».

Já para Juliana Paes, a protagonista da trama, «o corpo é uma ferramenta» e, por isso, «a nudez e as cenas de sexo não representam qualquer problema».

Mauro Mendonça Filho, diretor da novela, explica também ao Correio da Manhã que era natural que a nova versão «transportasse uma forte carga de erotismo», não negando que «a nudez ajuda a conquistar público».

Para lá das cenas ousadas, que já motivaram queixas na ERC, a novela tem posto na boca de todos alguns bordões que criou. «Jesus, Maria, José!» de Doroteia e «Vou-lhe usar» do coronel Jesuíno.