“Queridas Manhãs” leva Júlia Pinheiro ao banco dos réus

Esta sexta-feira teve início o julgamento que opõe a inspetora da PJ Ana Saltão à apresentadora da SIC, ao comentador Hernâni Carvalho e ao antigo inspetor Carlos Anjos, por crime de publicidade e calúnia.

Segundo o Jornal de Notícias, o caso reporta à rubrica integrada no programa “Queridas Manhãs”, no qual Hernâni Carvalho comenta casos de polícia que fazem parte da agenda da atualidade e onde foi abordado o tema da inspetora da Polícia Judiciária do Porto, referindo-se a Ana Saltão como «a autora» do homicídio de Montes Claros, além de tecerem «algumas considerações» sobre a sua personalidade, lê-se no despacho de pronúncia.

O juiz entendeu que «os factos imputados» na rubrica televisiva a Ana Saltão «não se resumem à [alegada] autoria de um crime de homicídio». «Não estão ao abrigo do interesse público mensagens populistas e sensacionalistas, que apelam a sentimentos gratuitos de indignação e revolta», regista ainda o despacho de pronúncia.

A visada assistiu aos programas a partir da cadeia de Santa Cruz do Bispo, onde esteve detida, e sentiu-se «envergonhada, humilhada e enxovalhada» pelos comentários desencadeados, tendo mesmo que se isolar. Em tribunal, exige uma indemnização de 50 mil euros.

Júlia Pinheiro deslocou-se esta manhã à Maia para responder e defender-se às acusações logo na primeira audiência, que decorreu às 9h30. A segunda sessão realizou-se esta tarde e continua no dia 22 de maio. Assim, a apresentadora não esteve presente no programa das manhãs da SIC.