[Raio Z] Entrevista a António Cordeiro, de ‘Mulheres de Abril’

Um dos veteranos da TV portuguesa submete-se hoje ao Raio Z. Com um vasto currículo na televisão e no teatro, António fala-nos sobre o seu novo projeto: ‘Mulheres de Abril’.
Numa entrevista profissional, o ator aborda o fim do seu programa na CM TV e revela como correu a sua curta experiência como encenador.

Este é mais um Raio Z em que temos a honra de entrevistar António Cordeiro.

Zapping: Durante o mês de março estará a gravar a nova missérie da RTP1. O que nos pode adiantar sobre ‘Mulheres de Abril’?
António Cordeiro:
 “Mulheres de Abril” é a série de ficção nacional da RTP, que comemora os 40 anos da Revolução dos Cravos. Produzida pela HOP, e realizada por Henrique Oliveira, conta a estória de Ana, que faz anos no dia 25 de Abril e que, naturalmente, é surpreendida pela chegada da democracia no dia em que completa o vigésimo aniversário. A série atravessa mais de 70 anos da História de Portugal e fixa-se em 2014, quando Ana faz 60 primaveras.

Z: Quem é o seu personagem nesta história?
AC:
 Eu sou o pai de Ana, nos anos 60 e 70.

Z: Recentemente, participou em outro projeto de época, ‘Depois do Adeus’, o que alicia neste tipo de formatos?
AC:
 Aliciam-me os momentos históricos que ambas as séries retratam. Eu era um jovem nessa época e poder regressar ao passado, durante algum tempo, dá-me um enorme prazer.

Z: Apresentou o programa ‘Palácio do Burlesco’. Como foi esta estreia na apresentação?
AC:
 Não foi de todo aquilo que eu tinha em mente!

Z: A sua saída do canal ficou envolta numa grande polémica. O que correu mal?
AC:
 Não foram criadas as condições de produção que tinham sido combinadas.

Z: Quais são as principais diferenças entre um ator e um apresentador?
AC:
 Um ator pode criar muitas figuras de ficção, incluindo a figura de um apresentador. Mas os apresentadores não têm de ser atores e o seu território de atuação é de outra natureza.

Z: Está afastado das novelas desde ‘Laços de Sangue’, foi uma opção sua?
AC:
 Não tive qualquer convite para um papel que considerasse interessante.

Z: O seu personagem viveu uma situação invulgar: uma paternidade tardia. Como se preparou para interpretar este papel?
AC:
 Por norma sigo aquilo que os autores desejam que a personagem faça, acrescentando naturalmente alguma opinião pessoal. No caso concreto, não tive de pensar muito nessa questão. Correu sem quaisquer problemas.

Z: Além da missérie da RTP, em que outros projetos está envolvido?
AC:
 Estou a preparar a produção de dois espetáculos, previstos para Abril e Junho.

Z: Em 2014 podemos esperar ver o António numa nova novela?
AC:
 Depende de um importante conjunto de factores. Um convite para um projeto aliciante, com uma equipa de qualidade indiscutível e a minha inteira disponibilidade para o assumir!

Z: Mas o seu nome é apontado para a nova novela da SIC…
AC: É uma possibilidade sim.

Z: Perguntas Rápidas:
Livro/Filme/Música/Série Favoritos… Cem anos de solidão / O Padrinho / One from the heart de Tom Waits / Breaking Bad
Na TV não dispenso… Séries de TV
A pessoa que mais admiro é… Poucas, mas ÓTIMAS pessoas
Não vivo sem… Respirar
Não saio de casa sem… Roupa
Um dia corre bem quando… Um dia corre bem quando não corre mal

Z: Pergunta Final: A sua vida dava uma novela porquê?
AC:
 Uma novela?! Nunca!!! Se ainda fosse uma série da FOX!

Entrevista de Ricardo Neto
Revisão de Margarida Costa