[Raio Z] Entrevista com Gonçalo Morais, do programa ‘Chef’s Acadamy’

Apesar de jovem, Gonçalo Morais é um homem dos sete ofícios. Ator, apresentador, cozinheiro, gamer, entre tantos outros. Em 2008 candidata-se ao CC Casting, o seu primeiro passo em televisão, contudo acabou por ficar em segundo lugar no concurso que lançou Rui Pêgo. Apesar da derrota, Gonçalo manteve-se no formato e teve até um programa só seu, “Notícias Curtas”.
Terminada a sua passagem no “Curto Circuito”, Gonçalo voltou aos ecrãs na primeira edição do concurso da RTP1, “Chef’s Academy”, onde revelou outra das suas paixões.

Bem disposto e divertido, é Gonçalo Morais a submeter-se ao nosso Raio Z.

Zapping: Terminou recentemente a sua participação em “Chefs’ Academy”. Como foi fazer parte de um projeto pioneiro?
Gonçalo Morais:
 Foi uma aventura que me ensinou bastante na área da cozinha. Em termos televisivos foi um projecto que teve os seus pontos fortes e fracos. Acho que o público no geral gostou do formato.

Z: Ser Chef é um objetivo a cumprir, apesar de não ter ganho o concurso?
GM:
 Só em casa. Aí tenho sido o Chef desde o início das gravações do programa. Neste momento, em casa, quase sempre sou eu a cozinhar.

Z: Como foi o processo de casting até chegar ao concurso?
GM:
 Foi um processo tranquilo. Não meti muito de mim nos castings porque fui na perspectiva da aventura. Quando disseram que ficava, nem sabia muito bem o que pensar… Fiquei contente.

Z: Já era conhecido do público, uma vez que concorreu ao CC Casting. Numa altura que está a decorrer uma nova edição, pensou em inscrever-se?
GM:
 A minha cabeça chegou a pensar nisso, mas, como estou fora do intervalo de idades para o casting, foi durante pouco tempo.

Z: Apesar de não ter ganho a edição do CC Casting, ganhou um lugar no programa. Como surgiu esta oportunidade?
GM:
 Após o final do casting, em 2008, fui convidado pela produção a fazer um programa novo chamado “Notícias Curtas”. Esse programa ficou 4 meses no ar. No fim ficou a curiosidade pelo meio e continuei a ir ao estúdio, assistir aos directos do CC, todas as semanas. Dei-me a conhecer e também o meu lado “gamer”, já que adoro videojogos. Nessas férias, já em 2009, fui contactado pela produção dizendo que estavam a pensar mudar o rosto do espaço PlayStation e que, como sabiam que eu gostava de videojogos, eu seria a pessoa ideal para o lugar. Aceitei logo, claro! Foi assim que fiquei à frente do espaço PlayStation durante 3 anos e meio.

Z: O Gonçalo chegou mesmo a apresentar alguns programas do CC. Como foi esta experiência?
GM:
 Foi uma experiência muito boa e a prova de que me teria encaixado na perfeição naquele lugar.

Z: Apresentar o “Curto Circuito” é mais difícil do que parece?
GM:
 É mais difícil do que parece porque o programa não é tão “ad lib” como parece. Temos de cumprir horários, patrocínios, passatempos, lançar reportagens, etc… E então agora, nos tempos mais recentes em que até se trabalha com teleponto (algo que foi introduzido em 2012 e que não havia antes), essa necessidade de seguir um “guião” ainda se torna mais notória.

Z: Recentemente o programa foi reformulado. Agora do lado do espectador, qual é a sua opinião sobre esta mudança?
GM:
 Continuo a preferir o formato em que o CC tinha 3h de duração, muita parvoíce, muitos temas interessantes, que eram debatidos telefonicamente com os espectadores, em que havia tempo e interesse em fazer algo diferente na televisão.

Z: Além de cozinheiro e apresentador, é também ator. Podemos esperar vê-lo em breve numa novela?
GM:
 Numa novela talvez não porque essas oportunidades não caem do céu e é um mundo muito fechado. Neste momento, na RTP 2 aos Domingos à noite, está a passar a série Odisseia de Homero onde fiz parte da equipa de duplos (os MadStunts). É um orgulho ter participado nesse grande projecto e ter o nome nos créditos finais! Em teatro, é quando quiserem. Em Alhandra vou estrear, dia 27 de Março (Dia Mundial do Teatro), a peça “O Pelicano” de August Strindberg; com frequência quinzenal faço espectáculos de Comédia de Improviso na companhia “groupIMPROgress”, também em Alhandra, a próxima data é já dia 28 de Março; e há ainda outros projectos que estão a começar ainda a bater as asas, veremos se voam…

Z: Como seria um programa à sua medida? E em que estação o encaixaria?
GM: 
Um programa para mim, neste momento, seria sobre o mundo dos videojogos/tecnologia. Teria de ser interactivo, ter convidados, passatempos, etc… Portanto, uma espécie de CC mas à moda antiga e com um tema específico. Encaixava-o na SIC Radical ou então nas manhãs de um generalista, possivelmente na RTP, pelo lado mais tecnológico e “avant-garde” do programa.

Z: Perguntas Rápidas:

Maior Vício… Adormecer no sofá em frente à televisão.
Livro/Filme/Música/Série Favoritos… Filme – Matrix; Banda – Dream Theater; Série – Game Of Thrones
Na TV não dispenso… Muitas horas em frente ao Discovery Channel!
A pessoa que mais admiro é… Sei lá… Connan O’Brien? Jon Stewart?
Não vivo sem… Fazer teatro, nem que seja no dia-a-dia.
Não saio de casa sem… Lavar os dentes.
Um dia corre bem quando… Adormeço a rir à gargalhada com a minha namorada.

Z: Pergunta Final:
A sua vida dava uma novela? Porquê?
GM:
 Porque nunca estou parado, há sempre algo que vai acontecer e, geralmente, algo diferente do dia anterior. Entre ensaios de teatro, banda filarmónica, comédia de improviso, reuniões de produção, formações, eventos de lançamentos de jogos, noitadas de jogos com amigos, cozinhados arriscados, etc… Misturando tudo com muito stress, muita pressão, muitas alegrias e alguns momentos menos bons. Existe aqui muito material para um bom guião! ;-P

Entrevista de Ricardo Neto
Revisão de Margarida Costa