Semana 11: Ann e Luís Vicente viajam para S. Tomé e Principe

Episódio 04

No palácio de Vila Viçosa os empregados estão empenhados nos preparativos para o almoço do Rei e dos seus treze convidados. Luís Bernardo Valença e o rei D. Carlos estão dispostos frente a frente na mesa. O primeiro prato é servido e todos começam a comer num ambiente alegre e descontraído. As conversas à mesa englobam pequenas histórias caricatas da sociedade portuguesa, Luís Bernardo assiste divertido, mas sem participar.

Depois de terminado o almoço, todos se dirigem para uma segunda sala para os convidados desfrutarem de um conhaque.

D. Carlos e Luís Bernardo começam a falar sobre a missão que o rei lhe quer confiar, mas os pormenores são discutidos no escritório na presença do Conde de Arnoso. Chega, por fim, a oferta de D. Carlos: o cargo de Governador de S. Tomé e Príncipe, acompanhada pelo porquê desta urgência: o novo governador tem de convencer o Cônsul inglês de que não existe escravatura nas ilhas de S. Tomé e Príncipe. Apanhado de surpresa, Luís Bernardo pede uma semana para pensar sobre o convite.

Na mesma noite, Frederico leva Antero ao bordel e são recebidos por Maria dos Prazeres. Antero é iniciado nos mistérios do amor por Pilar. Finda a iniciação, é um homem novo – acaba de resolver um grande problema.

De volta a Lisboa, Luís Bernardo encontra-se com João no Grémio. Forjaz coloca o amigo a par do plano da prima para o encontro dos dois no hotel Bragança na noite seguinte, onde Matilde e Marta ficarão hospedadas. Informa-o também do jogo dos quartos reservados no hotel com nomes trocados. Se bater à porta do 308 encontrará Matilde. Depois de lhe explicar tudo, João espera que o amigo tenha o bom senso de não ir a esse encontro para o bem de todos.

Já nos escritórios da Insular João interroga Luís Bernardo sobre os resultados da visita a Vila Viçosa e fica a saber que este foi convidado para o cargo de Governador de S. Tomé. João vai avisando o amigo de que é quase inevitável escapar desta quase obrigação em servir o país. No entanto, Valença diz que não considera a hipótese de abandonar Portugal e todas as mordomias associadas.

Na manhã seguinte, Frederico acompanha Matilde e Marta à estação dos comboios para lhes desejar uma boa viagem para Lisboa e que aproveitem as compras no Chiado.

A noite escaldante no bordel com Pilar trouxe um outro problema a Antero: está apaixonado pela prostituta espanhola. Quando Antero informa o primo de que não se quer casar com Marta, Frederico fica apavorado.

Nervoso com a possibilidade do seu primo vir a ter uma atitude inconsequente, Frederico decide ir a Lisboa.

Na Índia, Ann pressiona David para que vá pedir dinheiro ao Rajá para saldar a dívida que contraiu no jogo. Mas David mantém-se irredutível – explica-lhe que é uma questão de honra e jamais se rebaixaria a esse ponto, pois quem viesse a seguir representaria um governo eternamente em dívida para com o Rajá e a Índia.

Sem o conhecimento do marido, Ann decide resolver o problema e ir falar pessoalmente com Singh. Contudo a sua ida é em vão e a conversa com o Rajá não chegará a ter lugar, uma vez que, ao chegar ao palácio, Ann dá de caras com David.

Nessa noite no Grémio, o Dr. Veríssimo, um velho conhecido, junta-se a Luís Bernardo e aos seus amigos. A sós numa das salas mais refundidas, Valença, recebe uma proposta de compra irrecusável da sua empresa, a Insular, por parte do Dr. Veríssimo.

No bordel, Pilar está envolta de felicidade depois de ter recebido um enorme ramo de flores de Antero. Entretanto, Frederico em pânico procura Maria dos Prazeres para que o ajude a impedir Antero de cometer uma loucura. Contudo, Pilar está determinada a não deixar que ninguém interfira na sua felicidade.

Simultaneamente no hotel, Matilde prepara-se para o primeiro encontro com Luís Bernardo, debatendo-se com as inseguranças e sentimentos de culpa. Por outro lado, Marta teme que algo corra mal.

Pouco depois das dez da noite, ouvem-se passos no corredor, batem à sua porta e Matilde inquieta-se cada vez mais. É Luís Bernardo. No interior do quarto, os dois olham-se em silêncio e sob um desejo ardente, mas antes de avançarem, Luís confidencia a Matilde que é possível que tenha de partir para S. Tomé e Príncipe muito em breve, numa missão do Estado.

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