Semana 5: Bom filho à casa torna

Episódio 13

José, Carlos e Matias vêem-se apanhados nas malhas do tédio, a preguiçar por casa, perdidos entre bocejos e sestas recorrentes. Tentam entreter-se a jogar cartas mas Matias prefere tratar dos afazeres da casa e chateia-se por os amigos não querem contribuir. A jogar às cartas Carlos faz batota e José chateia-se com ele. Sem saberem como ocupar o tempo disponível, mas sem admiti-lo apesar dos silêncios prolongados, perdem-se em tarefas inúteis e triviais, como fazer castelos de cartas ou construções com bolinhas de pão.

O ambiente entre eles não é o melhor e facilmente se chateiam, resolvem pregar partidas parvas, vão achar graça a colocar charutos de papel na boca aberta de quem ressona ou em pregar sustos aumentando subitamente o volume do rádio. Cada vez mais amuados, juntam-se no banco do pequeno quintal da casa a ver quem passa, a comentar o fraco movimento e como as pessoas da sua idade têm tão pouca imaginação e genica, ao contrário deles, que são tão activos e sempre com tema de conversa… no entanto, o máximo de actividade que manifestam é acenar a Ricardo, que passa a cambalear alcoolizado, ou a Maria da Assunção, que vai para a tasca. Aborrecido, Matias decide ir dar uma volta, mas não consegue entusiasmar os amigos.

A noite põe-se e Matias apercebe-se, assustado, de que não sabe o caminho de volta para casa, embora esteja, na verdade, bastante perto. É Maria da Assunção que o encontra e leva de volta, sob aviso de que não comente nada com os amigos. Este episódio perturba Matias a ponto de começar a questionar se estará a perder as faculdades mentais, a memória, a lucidez e capacidade de reacção.

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