É uma das novelas mais acarinhadas pelos portugueses e está de regresso marcado ao pequeno ecrã. “Senhora do Destino” narra a história de Maria do Carmo (Susana Vieira), uma nordestina forte, mãe de cinco filhos, que venceu na vida com muito suor e que luta para reencontrar Lindalva (Carolina Dieckmann), sua filha caçula, sequestrada ainda bebé por Nazaré (Renata Sorrah).
Depois de ter passado duas vezes na SIC, e uma na Globo Premium, “Senhora do Destino” tem estreia marcada para o dia 3 de abril, às 22h, no canal Globo, substituindo “Belíssima”.
«Acho que foi a novela em que fui mais feliz na minha vida», admite a atriz Susana Vieira, e não poupa elogios à vilã Nazaré, interpretada por Renata Sorrah, com quem protagonizou cenas marcantes. «Se não fosse a Nazaré, a Maria do Carmo não seria a Maria do Carmo. Eu ficava encantada e dizia: ‘Meu Deus, eu não teria feito aquela Nazaré do jeito que a Renata fez», elogia Susana. «Nazaré é uma vilã com humor, todo mundo se divertia com ela. E ela era horrível, péssima, mas isso era adorável», salienta Renata Sorrah. «É impressionante como até hoje as pessoas me chamam de Nazaré nas ruas. Até adolescentes, que não têm idade para ter assistido à novela, reconhecem em mim a personagem por causa da internet. Hoje, a Nazaré não me pertence mais, ela tem vida própria. Faz as loucuras dela e todo mundo gosta, acessa nas redes. É um personagem que me dá muita alegria», acrescenta a atriz.
A história
Assinada por Aguinaldo Silva e com direção geral e de núcleo de Wolf Maya, ‘Senhora do Destino’ é dividida em duas fases. A história começa em 1968, quando Maria do Carmo (Carolina Dieckmann na primeira fase) deixa uma cidade no interior de Pernambuco com os seus cinco filhos em busca de uma vida melhor no Rio de Janeiro, onde mora o seu irmão Sebastião (Luiz Carlos Vasconcelos). Sem dinheiro, a nordestina chega à cidade num autocarro clandestino no dia 13 de dezembro de 1968, quando foi decretado o Ato Institucional Número 5 pelo Governo militar.
No meio do caos em que se transformou a cidade, Reginaldo (Miguel Rômulo), um dos seus filhos, é ferido e Maria do Carmo consegue refugiar-se numa casa abandonada. Nazaré (Adriana Esteves na primeira fase), faz-se passar por enfermeira e promete tomar conta das crianças enquanto Maria do Carmo leva Reginaldo ao hospital. Com a bebé Lindalva no colo, Nazaré foge e convence o seu amante Luís Carlos Tedesco (Tarcísio Filho/Tarcísio Meira) de que a menina é a sua filha recém-nascida e ambos registam-na com o nome Isabel.
Ao perceber que perdeu Lindalva, Maria do Carmo fica descontrolada no meio de uma manifestação contra a ditadura e acaba por ser presa. Depois de ser libertada, ela encontra os quatro filhos, que tinham sido encaminhados para a protecção de menores, mas não consegue descobrir o paradeiro de Lindalva. Nesse momento ela jura, diante dos filhos e do irmão, que a sua vida será dedicada à tarefa de localizar a filha.
Às custas de muito trabalho, criou os filhos com princípios rígidos e não parou de pensar um só instante na sua filha sequestrada em 1968. E nem se deu ao luxo de pensar que talvez pudesse fracassar no seu objetivo de reencontrá-la. Reginaldo (Du Moscovis), o filho mais velho, e um político de caráter duvidoso, já discutiu muito com a mãe por causa da irmã sequestrada. Já Leandro (Leonardo Vieira), Viriato (Marcello Antony) e Plínio (Dado Dolabella) apoiam, com mais ou menos entusiasmo, a obsessão da mãe.
Já Nazaré vive em função de Isabel (Carolina Dieckmann), a bebé sequestrada em 1968 e que é, na verdade, Lindalva, a filha que Maria do Carmo tanto procura. Isabel retribui todo o carinho e dedicação que sempre recebeu de Nazaré, longe de imaginar o crime por ela cometido. A novela conta com a participação do malogrado ator português Nuno Melo, que interpretou a personagem Constantino, e de artistas conceituados como José de Abreu, Letícia Spiller, Glória Menezes, José Mayer, Leandra Leal e Marília Gabriela, entre outros.