“Sol de Inverno”: 07 a 13 de outubro

24º Episódio

Manel conversa com Vasco à entrada da escola e tenta entusiasmar o filho referindo que Aida nem conhece a sala de aula e já arranjou novos amigos, depois de ter conhecido os filhos de Lúcia, Matias e Violeta. Ao longe, Ana segue os movimentos de ambos com os olhos chorosos. Manel atende uma chamada de Teresa e combina um encontro, estranhando o facto de ele estar a trabalhar. Depois segue com Vasco para o interior da escola, enquanto Ana segue discretamente para o seu carro.

Sofia está a trabalhar no call center e desenha umas sandálias. Marta elogia o esboço e Sofia conta-lhe que era designer de sapatos e que um dia voltará a essa actividade. A colega mostra interesse em que ela lhe desenhe um dia um modelo dos seus. Hugo surge nesse instante e adverte que as funcionárias só podem conversar durante as pausas de trabalho. Sofia pede desculpa pelo abuso e, tal como Marta, regressa ao seu posto.
Salvador diz a Matilde que vai encontrar-se com Teresa, esperando que a irmã não queira convencê-lo a voltar para a empresa. O namorado acrescenta que vai informar Laura que já estão a viver juntos, na casa que compraram com o cheque que ela passou para os separar. Matilde mostra-se receosa com a reacção que Laura pode vir a ter mas Salvador desvaloriza a situação e afirma que desistiu de voltar a Londres.
Teresa, cada vez mais fragilizada por não estar a cumprir os tratamentos de hemodiálise, conversa com Manel e prefere escutar os problemas dele, a falar da sua doença. O antigo contabilista da Boheme confessa que está a tentar ajudar o filho a lidar com a ausência da mãe e com as dificuldades que a crise impõem, diminuindo o número de clientes a quem faz as contas. Teresa promete ajudá-lo a arranjar mais alguns clientes e denuncia a sua fragilidade quando começa a tossir.

Eduardo volta a casa da família e Dulce mostra-se preocupada pela forma como ele saiu de casa na noite anterior, convicta de que a mãe o expulsou, sem sentir na altura o que fazia. Eduardo desabafa que não depende de si o regresso a casa e regista pela empregada que Andreia está no quarto, saudando o facto, pois até precisa de falar com ela.
Teresa sente cada vez mais dificuldade em suster-se em pé, acusando a falta de tratamento renal. Ao receber mais uma chamada do hospital volta a rejeitar o telefonema. A sua cara só ganha novo brilho quando Salvador entra na empresa e a cumprimenta, bem como a Benedita. No entanto, o irmão nota o cansaço que ela evidencia e pergunta porque é que não ficou em casa. Teresa justifica-se com o facto de Eduardo ter sido posto fora de casa e talvez venha também a ser afastado da empresa, depois de se ter descoberto que ele podia doar-lhe um dos seus rins, mas ficou calado. Salvador pergunta instintivamente com é que o irmão mais velho foi capaz de tal atitude. Teresa aproveita a conversa para dizer a Salvador que tem de regressar à empresa e nesse momento, Laura sai do gabinete e sorri ao ver os filhos, pedindo-lhes que a sigam até à sua sala.

Eduardo coloca roupas numa mala enquanto discute com Andreia, acusando-a de o ter denunciado sem razão, pois nunca pretendeu deixar de ajudar a irmã, mas sim habituar-se à ideia de lhe doar um rim. A mulher não acredita nas suas boas intenções e Eduardo adivinha que ela deve ter adorado vê-lo expulso de casa pela própria mãe. Andreia reconhece que não esperava de Laura atitude tão drástica e questiona onde é que ele passou a noite. Eduardo responde que foi num hotel e fica furioso quando ela replica se ele dormiu sozinho ou acompanhado. Eduardo rebenta e diz que ela de manhã sem estar produzida fica com mais dez anos.
Salvador mostra-se determinado a falar com Eduardo, pois não aceita que ele se recuse a doar um rim à irmã, sendo o único elemento da família que é compatível com ela. Teresa, cada vez mais doente, lembra que Eduardo não é obrigado a sacrificar-se por ela e muda de assunto, perguntando o que é que Salvador queria falar com a mãe. Ele não perde tempo e conta que Matilde usou o cheque que ela lhe deu para comprar a casa que ele tinha andado a ver. Laura mantém-se fria quando o filho assume que está a viver com Matilde e assegura que desiste de os separar. Em contrapartida pede-lhe que volte a trabalhar na Boheme, oferta que ele recusa, admitindo porém pensar no assunto mais tarde. Laura lamenta sua decisão e fica nitidamente frustrada que Salvador não lhe faça a vontade, depois de ter cedido relativamente a Matilde e ter admitido que precisa que ele ajude na empresa.

Jacinto critica Lurdes por estar a confiar na ajuda que uma senhora de uma igreja evangélica prometeu para os ajudar. O marido afirma que é de trabalho que precisam e não de fé, avisando-a para não confiar tanto, pois foi assim que perdeu o emprego na fábrica. Logo a seguir fica ainda mais amargo quando acende a televisão e já não a tem. Lurdes desabafa que têm de estudar agora onde mais podem cortar e Jacinto conta que já agendou com o banco a renegociação do empréstimo da casa. Lurdes assume que sem casa e comida é que não podem ficar, mas a preocupação de ambos centra-se agora em conseguirem baixar a prestação da habitação.

Isabel conta a Célia que está com cara de poucos amigos porque discutiu com a irmã, tentando desviar as atenções por tê-la apanhado em casa com Eduardo. Para acabar com o assunto sugere a Célia que organizem um jantar a Lurdes, na tentativa de a fazerem esquecer por momentos o mau momento que atravessa. Fábio aparece nesse momento e depois de Célia lhe contar que o seu amigo Mariano possui uma livraria, convida-o para o acompanhar quando ele for escolher algum livro que o ajude a ser mais competente na entrevista que vai fazer para se candidatar ao departamento de marketing da empresa. Rita não gosta do que ouve e pergunta o que é que dois analfabetos como eles vão fazer a uma livraria e corre com o rapaz para o armazém quando ele refila com ela. Depois volta-se para Célia e Isabel e manda-as trabalhar dizendo que devem estar esquecidas do caminho que a amiguinha levou. Célia não resiste e chama-lhe bruxa.

Apesar do desânimo de Mariano, Lé, Tomás, Fátima e Matilde deitam mãos à obra para transformarem a livraria num escritório de advogados, para que o avô dele acredite que o neto é mesmo um homem do direito e não um livreiro.
Beatriz conta entusiasmada a Adelino que acaba de ser convidada para uma entrevista de emprego numa loja de roupa. O pai fica satisfeito por ela. Joana também conclui a conversa que está a ter com Rodrigo e diz ao pai e ao avô que vai almoçar com o namorado, esclarecendo que ele é de óptimas famílias, que o pai é deputado e que ele é advogado, certa de que em breve irá viver com ele, na casa que já habita sozinho. Joana não esconde sentir vergonha de levar Rodrigo a sua casa, assumindo que não pretende que ele fique mal impressionado. Adelino não gosta do que ouve e questiona que mal tem a sua casa. Joana percebe que se excedeu e vai embora. Beatriz suspira e mostra receio de que a filha se esteja a iludir com aquele namoro.

Teresa contraria a vontade de Laura e aceita o convite de Eduardo para almoçar, justificando que quer perceber o que o levou a esconder que é compatível para lhe doar o rim. Laura afirma que o comportamento de Eduardo foi de um egoísmo inexplicável e lamenta as sucessivas desilusões que tem tido, como a decisão de Salvador em continuar com Matilde. Teresa aconselha-a a aceitar a situação, pois corre o risco de o perder. Laura acha que Matilde é esperta e que o facto de com o seu dinheiro ter comprado a casa a Salvador, foi muito conveniente. Gabriel bate à porta do gabinete e é portador de mais uma má notícia, pois confessa-se incapaz de descobrir quem lançou na internet a campanha contra a Boheme.
Joana fica em estado de choque e chora, depois de Rodrigo lhe dizer sem rodeios que a traiu e que não quer continuar com ela. Joana limpa rapidamente as lágrimas para que ninguém a veja fragilizada.

Dulce não esconde o incómodo quando Andreia conta que a carta que acaba de receber do Ministério Público é a convocatória para testemunhar contra Eduardo no processo em que ele é acusado de a ter agredido. O telemóvel de Carlos toca com insistência e a empregada tem de avisar o filho para o atender. Carlos fica enjoado e desabafa que Fátima não o larga. Dulce diverte-se com as desculpas que ele inventa para não estar com ela. Fátima, por seu lado, reclama da falta de atenção a que está votada e exige que ele a compense da próxima vez que estiverem juntos. Depois de a empregada desligar a chamada, Lé diz-lhe que têm de arranjar um lanche para as pessoas que se inscreveram na palestra sobre poupança que ela está a organizar. Fátima avisa que Concha não vai gostar nada de saber que ela vai oferecer um lanche às pessoas.
Mariano continua ansioso pela chegada do avô, desorientado com a possibilidade de ele descobrir que o neto afinal não é advogado. Um cliente entra na livraria para comprar um livro e é Matilde que tem de descobrir o que ele pretende, uma vez que as montras estão vazias e as estantes tapadas com lençóis. Tomás oferece-se para fingir que é o mestre-de-obras quando tiverem de fingir que o escritório de advogados está em obras. Mariano não está convencido de que vai conseguir enganar o avô e Matilde lembra que há sempre a solução melhor que é contar a verdade. Só essa sugestão o deixa ainda mais apreensivo, fazendo com que ela e Tomás se riam.

Sofia percebe que Joana esteve a chorar assim que ela entra no call center para trabalhar e consola a sobrinha, fazendo-lhe ver que um desgosto de amor na sua idade não é assim tão importante. Joana confessa que não era o que precisava de ouvir e toma um comprimido estimulante, dizendo à tia que é apenas um comprimido para a dor de cabeça. Sofia fica preocupada com ela, mas não diz mais nada.
Eduardo pede desculpa a Teresa por ter escondido que é compatível com ela e justifica as suas razões para o ter feito. A irmã não se sente bem durante a conversa mas esconde o mau estar. Eduardo assume que está na altura de se comportar como seu irmão e diz que vai fazer o transplante, doando-lhe o rim que ela precisa para sobreviver. Teresa aceita o abraço que o irmão lhe dá e convida-o para irem juntos contar à mãe a decisão que ele tomou.
Vasco conta à avó como foi o seu primeiro dia de aulas e reconhece que gostou da nova escola embora seja diferente do colégio. O neto conta que dos novos amigos foi de Violeta quem mais gostou. Rosa fica contente por ver que Vasco está feliz e atende uma chamada que recebe. Do outro lado está Ana, que não consegue responder, pois começa a chorar logo que escuta a vós da mãe. Rosa protesta depois de desligar e Vasco acha que deve ter sido alguém que se enganou a marcar o número.

Laura recebe com frieza a decisão de Eduardo em fazer o transplante de rim para ajudar Teresa e realça que antes de ter tomado a decisão certa, mentiu a toda a gente. O filho fica magoado com a sua indiferença, enquanto Teresa se esforça por controlar a tosse e as náuseas por ter interrompido os tratamentos. Laura lembra-lhe que está em cima da hora para ir à hemodiálise e a filha finge que vai arrumar as suas coisas para ir para o hospital. A conversa é interrompida pela chegada dos agentes da Polícia Judiciária que contrariam a ideia de que ali estão por causa do roubo do cavalo na herdade. O inspector revela que descobriram que foi Sofia Bívar que agrediu Laura com um balde de tinta durante a manifestação contra a Boheme. Eduardo fica atónito quando Laura afirma, de sorriso nos lábios, que não pretende apresentar queixa.

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