A TVI terá tentado contratar Daniel Oliveira, diretor de programas da SIC, para assumir o mesmo cargo na estação de Queluz de Baixo.
«Sempre existiu a preocupação de que o novo diretor tivesse provas dadas e que fosse bem acolhido internamente e pelo mercado televisivo. A ideia até era a de que o Daniel Oliveira pudesse mesmo entrar antes da conclusão do negócio da venda da Media Capital, porque ninguém queria perder tempo», conta um profissional da TVI à Nova Gente.
Segundo a mesma revista, a ideia era que a contratação de Daniel Oliveira se efetivasse rapidamente e o atual CEO da Media Capital, Luís Cabral, teve um papel ativo nesse processo. Todos viam esta ‘declaração de guerra’ como uma manifestação de força da ‘nova TVI’, que, ao infligir este golpe no principal concorrente, resolvia o problema interno na Direção de Programas e, por outro lado, enfraquecia o grande rival.
Todos estariam confiantes na resposta positiva que Daniel Oliveira viria a dar à TVI, uma vez que seria o melhor dos dois mundos: uma saída em grande da SIC, deixando o canal como líder absoluto das audiências e onde conseguiu o que nenhum outro diretor alcançou desde a perda da liderança, e, simultaneamente, uma entrada em grande na TVI, estação que, neste momento, só pode melhorar os seus resultados.
No entanto, o responsável acabou por dar uma reposta negativa à TVI. Certamente terá pesado também as relações que mantém com Francisco Pinto Balsemão e com o CEO, Francisco Pedro Balsemão.
Nuno Santos foi então convidado, após a recusa de Daniel Oliveira, e prepara-se para a assumir a liderança do canal nos próximos dias, substituindo Felipa Garnel.