[3ª Gala] Crítica X – Análise ao Factor X

Hoje apresentamos mais uma crítica sobre a Gala do “Factor X”. Samuel Rocha, Rafael Lopes e Hugo Bento irão dar, mais uma vez, a sua opinião acerca do talent show da SIC.

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RAFAEL LOPES | Terceira gala do Factor X 2014, 11 concorrentes em concurso. Depois de uma gala que achei acima da média, com boas actuações, eis que achei esta terceira gala muito mais fraca. Desta vez, ponho as culpas nas escolhas musicais, que tirando um ou outro caso, não foram as melhores.
A Kika foi de longe a melhor da gala, que se começa a distanciar muito face aos restantes concorrentes. Arrasou totalmente! Também bem estiveram os três grupos, pelo que não entendi porque é que os Pop4Roc e os Babel foram os menos votados. Os restantes concorrentes não estiveram no seu melhor, na minha opinião, sendo que para mim a mais fraca da noite foi a Inês. O João, o Júnior e as PYT melhoraram em relação à gala anterior, o Rúben, o Jorge, a Mimi, a Isabela e a Inês pioraram.
O resultado foi bastante injusto, os Pop4Roc eram o meu grupo favorito, e o que até ali tinha feito as melhores e mais consistentes actuações.
Em relação a outros aspectos da gala, vou continuar a salientar a má apresentação da dupla Manzarra & Cláudia, especialmente a Cláudia Vieira que mantém um desempenho medíocre. De positivo, tenho a realçar os convidados da noite, o Berg, os Blind Zero e a vocalista dos Guano Apes, Sandra Nasic. Foram boas actuações!

HUGO BENTO | O tema da 3ª gala foi “Músicas do século XXI” e, apesar de ter tudo para dar certo, considero ter sido a pior gala até agora. A culpa? Os mentores, ou melhor, a escolha errada das canções. Desde a 1ª gala que têm vindo a fazer muitas más escolhas, mas acho que nesta gala quase não acertaram uma.
Essas escolhas baixaram a fasquia da qualidade das actuações, prejudicaram os concorrentes e fez com que tivéssemos apenas performances medianas e sem grande destaque.
É também necessário rever, e volto a repetir, a produção à volta das actuações, desde os bailarinos aos elementos cénicos e visuais. De um modo geral é preciso melhorar tudo, mas ao menos que equilibrem as coisas. Digo isto porque há concorrentes que têm mais produção nas suas performances que outros, o que é injusto.
Quanto aos concorrentes propriamente ditos, os dois melhores foram a Kika (foi a sua actuação mais fraca até agora, mas mesmo assim está acima dos restantes) e a Mimi (não começou muito bem mas foi crescendo ao longo da actuação, sendo que as partes mais calmas da música foram as melhores).
Por outro lado, os dois mais fracos foram o João (a música era difícil para ele e isso resultou num desafinar do início ao fim) e o Júnior (foi a sua actuação mais fraca até agora: vocalmente não esteve tão bem, foi uma performance aborrecida e a segunda metade da música foi uma trapalhada).
Nem os Pop 4 Roc nem os Babel mereceram estar no Bottom 2, logo aí a expulsão foi injusta. Entre os dois grupos preferia os Babel, mas na verdade quem eu eliminaria era o João, o mais fraco dos 11.

SAMUEL ROCHA | Vamos lá à minha apreciação das atuações da última gala do “Factor X”.

Mimi – “You’ve Got The Love” (7/10): Sou sincero, não gosto desta versão da canção. Para além de lhe tirarem algum power, a voz da Mimi não se mostrou. É uma pena, porque a Mimi tinha voz para fazer algo mais poderoso. Ainda assim, sete pontos pela escolha e pela boa prestação.

Jorge – “Use Somebody” (8/10): Esta é mais a praia do Jorge. A canção é bastante conhecida e abonou a seu favor, visto que o concorrente tende mais para a rockalhada. Foi agradável, mas com ligeira desafinação aqui e ali.

Babel – “Blurred Lines” (7/10): Gostei. OK, talvez não tanto assim, mas acho que se deve essencialmente à canção, pela qual não morro de amores. Acho-os uma simples dupla, sem grande coisa que os faça destacar. Quem sabe se não terão sucesso, mas ainda não me convenceram a 100%.

Júnior – “Paparazzi” (5/10): Pode ser dos meus ouvidos, admito, mas continuo sem gostar do Júnior. Tal como na semana passada, super fora de tom. A prova disso é que o mesmo tira o auscultador lá para o meio. Não gostei, não.

Pop 4 Roc – “21 Guns” (7/10): Continuam a parecer quatro amigos que se juntos para cantar alguma numa sessão de karaoke. Falta a química que faria desta atuação uma excelente atuação. Ainda assim, não creio que tenha sido a pior atuação. Saída injusta.

João – “Cannonball” (8/10): Os falsetes do João são muito bons. Da canção, já não gostei tanto. Nem da canção nem dos adereços de palco. Inexistentes. A produção poderia ter feito mais, porque o jovem ficou literalmente sozinho no deserto. De notar que o inglês do miúdo é melhor do que o de outros concorrentes.

Kika – “Rolling In The Deep” (10/10): Arrepiei-me do início ao fim da atuação, e não há muito mais a dizer. Pequeno reparo: enquanto uns têm um microfone e um palco vazio, outros divam em pedestais.

Isabela – “Stay With Me” (7/10): Gosto da voz da Isabela e acho que cumpre quase sempre. Aqui cumpriu. A canção é muito mainstream e não lhe permitiu mostrar bem o que é, mas foi uma boa performance.

Rúben – “Wake Me Up” (7/10): Tal como disse na semana passada, o Rúben é dos melhores em competição. Esta semana não gostei tanto, mas ainda assim merece sete pontos. A produção esteve bem e criou um bom ambiente à volta da atuação.

Inês – “You Give Me Something” (8/10): Foi a primeira vez que gostei mesmo da Inês. A escolha da canção foi do meu agrado e penso que favoreceu-a bastante.

P.Y.T. – “Shake It Off” (7/10): As três funcionam juntas. Apesar de não gostar de “Shake It Off”, foi uma atuação agradável. Diria que certos detalhes como as perucas e maquilhagem tornam tudo um pouco mais infantil, mas são isso mesmo, detalhes.